quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SENDO ASSIM, SE CONSIDERE "DESEXPULSO"

Trabalhávamos, na década de noventa, Paulo Sergio Pereira de Freitas, Paulo Assakazo, Antonio Martins, Ademar Batista, Pedro Cascalho, Eu e diversos outros colegas, na região da delegacia fiscal de Goiás, ali tendo permanecido todos por um bom tempo.Era e continua sendo uma ampla jurisdição, que à época abrangia cerca de vinte e cinco municipios, nela se incluindo o municipio de Itapuranga, local onde se sucedeu o nosso “causo” de hoje, o qual nos foi narrado pelo Paulo Sergio que dele foi testemunha e partícipe.Nossas ações fiscais, mesmo no trânsito, quase sempre exigiam conclusões que nos obrigavam a verificar os livros fiscais das empresas, portanto tendo contato e passando a conhecer praticamente todos os contabilistas que atuavam na região.E foi com um deles, Delcides Fonseca, bastante conceituado, sério e profissional competente, hoje atuando como conselheiro no conselho administrativo tributário do Estado de Goiás, em Goiania, é que se sucedeu o que nos foi narrado pelo Paulo Sérgio, em uma partida de futebol entre um grupo de amigos.Os famosos “rachões” ou peladas reuniam um grupo de trinta pessoas num campo de futebol soçaite, duas vezes por semana, para se divertirem. Ocorre que por haver muitas reclamações e discussões sempre escolhiam alguém para apitar o jogo, dentre os que estava de fora do comumente conhecido “dois ou dez” ( se um time fizer dois gols no outro mesmo que em curtissimo intervalo, o perdedor sai, o que também ocorre quando decorrem os dez minutos, criteriosamente acompanhado e vigiado pelos que estão de fora). Lá estavam jogando entre outros Paulo Sérgio e Delcides, sendo que esse tendo cometido uma falta mais dura, foi expulso pelo “juiz”, tendo então tomado uma atitude prá lá de inusitada: colocou a bola debaixo do sovaco e disse: “ se estou expulso, acabou o jogo, a bola é minha, tchau. ” inclusive saindo do campo
Foi uma gritaria geral, tendo então o juiz pedido que ele devolvesse a bola para continuar o jogo e, ante a sua firme negativa: "não, não e não", o árbitro teve que reconsiderar a sua decisão e se pronunciar: "sendo assim, se considere "desexpulso" e vamos continuar o jogo”, e o Delcides, feliz proprietário da “pelota”, e todos os demais puderam continuar a jogar satisfeitos.

José Domingos

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