terça-feira, 21 de setembro de 2010

É TRUCK OU É TÔCO ?


A grande preocupação que afligia boa parte dos fiscais arrecadadores que atuavam no transito até há bem pouco tempo, era logo no inicio do mês fazer o famigerado “teto”, assim entendido o valor que se tinha de alcançar de autuações para que se conseguisse receber o salário na integra.
Daí que conhecer a capacidade de carga de caminhões, do que fosse possível( se cereais quantos sacos ou toneladas, se tijolos quantas unidades,etc) era deveras importante pois, numa primeira olhada na nota fiscal e no caminhão já se poderia, em principio, perceber se continha alguma irregularidade.
Conforme contaram dois colegas (Alberto Alves Ferreira e Luis Alberto Pereira), a mesma história e do mesmo jeito, um terceiro colega, o Jackson Mattos, foi informado de que um caminhão se fosse “tôco” levava no máximo nove mil quilos e se fosse “truck” a sua capacidade já se estenderia para quinze mil quilos, entretanto, não lhe tendo sido informado a diferenciação existente entre um e outro caminhão..
Lá estava o colega no posto fiscal, inicio de mês, ele ansioso para “fazer o teto” e se garantir, eis que encosta um caminhão com diversas mercadorias do genero secos e molhados, cujas notas fiscais ele conferiu de forma detalhada.
Soma os pesos constante das notas fiscais , verificando que perfaziam doze mil e oitocentos quilos, Jackson olha uns cinco minutos para o caminhão pensativamente e então para o motorista e pergunta: “é truck ou é tôco?”, o motorista o olha surpreso e não responde, sendo a pergunta refeita: “é truck ou é tôco?”, tendo então o motorista lhe respondido já irado: “pôxa você é fiscal ou não é,? não sabe distinguir um truck dum tôco. Carimba logo essa nota e deixa eu ir embora, vá aprender a diferença para, das outras vezes você já saber”

José Domingos

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