segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ÔCÊIS ME VENDE ESSE CARTÓRIO?


Todos os que já trabalharam em postos fiscais conhecem algum tipo de história que, tal e qual rastilho de pólvora, se alastra pelo nosso meio como se a maior das verdades sendo, embora não se possa ter comprovação do acontecimento.
Um das que já vem se tornando lenda em nossa meio é a de que, num posto fiscal no nordeste goiano pelos idos da década de oitenta, de grande movimentação, nisso se incluindo uma arrecadação diária de vultuoso volume de dinheiro, certa feita um simplório e rico fazendeiro por lá permaneceu durante todo o dia, “assuntando” como ficava, a cada hora, mais cheia a gaveta do caixa, pois era só dinheiro que entrava.
Por mais uns dois dias lá esteve ele, sempre de olho na intensa movimentação financeira, tendo despertado a atenção dos servidores, um deles inclusive o interpelando o por que daquela “campana”, no que o fazendeiro no meu modo bem típico respondeu: “uái sô, eu tô já tem tres dias observano o movimento desse cartório docêis. Como já tenho dois fios na idade de trabalhá e são mais letrados do que eu, tô querendo negociá cóssêis. Ôcêis num vende esse cartório não?”.
O fato mais hilário é que, segundo se conta, o servidor( cujo nome se conta mas, à falta de comprovação, por razões óbvias vai aqui omitido), de fato, vendeu o posto fiscal, não se tendo, entretanto, notícias quanto a desenrolar subsequente, se houve ou não alguma medida punitiva em relação ao espertalhão que vendeu e se ele restituiu o dinheiro do inocente comprador.
José Domingos

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