quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A DANÇA DO GALO CEGO

Como em qualquer parte, no nosso meio existem pessoas que só são miseráveis, por que ainda não foram criados adjetivos diferentes para classificar ao que de mais pão duro possa existir.
Assuntos que envolvem sovinice sempre são divertidos, portanto, permanecem indefinidamente na memória daqueles que os presenciam, muitas vezes até mesmo como coadjuvantes, ou que deles tenham ouvido falar.
Assim o nosso colega e fonte que nos abastece de muitos e hilários "causos", Roberto Costa e Silva Junior, o Robertinho, se lembrou de mais um, acontecido quando ele trabalhava em Pires do Rio, fazendo dupla com o colega que, ao dinheiro, tinha mais amor do que a si próprio. Certo dia Robertinho chegou na república, vindo do supermercado onde fora fazer algumas compras, e deparou com o auditor, sentado, em total concentração, pingando o conteúdo de um pequeno vidrinho em outro, gota a gota observando com a máxima atenção, fazendo com que o chegante lhe perguntasse o que estava "aprontando", só recebendo como resposta um "shiiishiiishiih...." de silencio, mostrando que o colega não queria parar o que estava fazendo sequer para lhe informar o por que daquilo.
Tendo ido tomar banho, quando retornou à sala, tendo o colega já concluido o seu meticuloso trabalho, Robertinho ouviu dele que, o que estava fazendo era contando quantas gotas de colirio cabiam naquele pequeno frasco do qual ele havia transposto para um outro identico, pois tendo que fazer uso daquela medicação diariamente, ele queria saber exatamente quanto que custava cada gota que pingava nos olhos.
Passado algum tempo, estando o auditor de novo sozinho na república, o Robertinho a ela adentra, e o vê com um olho fechado e o outro aberto, movendo a cabeça para baixo, rumo ao ombro esquerdo e voltando a posição normal e repetindo o gesto por uma porção de vezes. Quando ele parou com a aquela gesticulação o Robertinho o perguntou se estava fazendo !a dança do galo cego," pois nunca tinha visto aquele tipo de coisa antes, no que o colega lhe respondeu: " você se lembra de quando eu contei as gotas do meu colirio, para ver quanto custava cada uma? pois é, se eu não faço aquele balançar que você viu ainda agora, eu teria perdido R$ 0,18(dezoito centavos) pois ao fazer o meu uso diário, uma gotinha caiu fora dos olhos e então fiz aquele contorcionismo todo mas, felizmente consegui leva-la pra dentro do olho. Você sabe Robertinho, dinheiro não está fácil, né?"

José Domingos

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

QUEM É ESSE TOTA?


Segundo o Ewaldo Ferreira Junior, esse “causo” aconteceu em um pequeno município, perto de Iporá, lhe tendo sido relatado por um espectador que á época trabalhava no serviço burocrático da prefeitura onde tudo se passou.
Sabemos que o eleitorado brasileiro, quase na sua totalidade, com maior predominância para locais onde todos se conhecem uns aos outros, vota em razão de favores ou de pedidos pessoais, assim a qualidade, a capacidade para exercer o cargo que disputa, não sendo observado, mais valendo as boas relações e os favores prestados. E, por isso mesmo, em determinado município foi eleito como prefeito o Zoca da Mariquinha, pessoa afável, amiga e prestativa, sempre disposta a ajudar quem isso lhe solicitasse embora, como alguns identificam os analfabetos, não soubesse fazer o “o” com o fundo de um garrafa, mas pelas boas relações sociais, conseguiu uma memorável vitória contra um letrado figurão local.
Depois que assumiu, passados alguns meses, o servidor que narrou esse fato ao Ewaldo, disse que vinha reparando que o Zoca, todos os meses ficava um longo tempo “namorando” a reduzida relação que continha a folha de pagamentos de todos os servidores, nela é claro, a encabeçar, vinha o nome dele, já que era a mais alta autoridade do município, eleito que fora, para dele ser o alcaide durante quatro anos.
Aconteceu que depois de um certo período sempre se dando esse tipo de análise minuciosa por parte do Zoca, ele que já estava conseguindo juntar algumas letras e traduzi-las como palavras no seu parco vocabulário, chamou o seu faz-de-tudo(chefe de gabinete, secretário e tesoureiro) e o interpelou até com uma certa rispidez: “seu Antonio, eu sempre soube que em qualquer municipio é o prefeito que ganha mais. Aqui além de ter alguém na folha que eu não conheço, que deve ter sido contratado pelas minhas costas, ainda ganha muito mais do que eu? Como o senhor me explica esse fato?” ;
Bastante surpreso, Antonio que conhecia bem todo o funcionamento da prefeitura, apanha a folha de pagamento, olha daqui, olha dali e não vê qualquer anormalidade, porém prudentemente ele pergunta ao prefeito: “Uai seu Zoca, eu não estou vendo ninguém de diferente aqui e que também ganhe salário maior do que o do senhor”.
O prefeito então, talvez para mostrar que tinha evoluido e que portanto já estava conseguindo ler, aponta o dedo para a relação e exclama: “ o senhor então pode me explicar quem que é esse Tota que ganha muito mais do que eu?”. Antonio pode então perceber que onde estava o valor de todos os pagamentos, portanto; total, o prefeito lia sem a última letra, como se fosse um nome proprio, "Tota", portanto vindo daí toda a preocupação dele.

José Domingos

terça-feira, 26 de outubro de 2010

QUEBRANDO AS INSTALAÇÕES DA FILIAL


No nosso meio, talvez em razão de se passar longas temporadas longe de casa, embora isso não se justifique, faz com que muitos integrantes do quadro, coloquem as “unhinhas” de fora, e lá fora, deem os seus “pulinhos fora”.
Assim foi com um nosso colega, hoje já aposentado, que tendo sido designado para trabalhar em Catalão, depois de algum tempo, notou que uma mulher, colega de trabalho, desimpedida, estava lhe dando bolas, embora no começo ele se sentisse impedido, pois por ser casado, sentia algum remorso de trair a mãe dos seus filhos e fiel companheira. Com o passar do tempo e continuando o flerte ele se entrega a atração que, logo se transforma em amancebamento, com ele tendo montado casa mobiliada para a nova companheira e filial. Como é comum nesses casos, o assunto extrapolou os limites das terras catalanas e aqui ecoando nos ouvidos de sua esposa que, após várias informações um dia resolveu tirar a limpo a história que tinha nome e endereço completo. Como a casa da amancebada era perto da delegacia fiscal, o colega guardava o seu carro no estacionamento da repartição e se dirigia a pé, para os momentos de prazer nos braços da amante. Portanto, enquanto a sua paixão estava em um supermercado próximo, lá estava ele indolentemente balançando numa rede na varanda quando, ao longe, viu apontar um carro que logo identificou como o da sua esposa. Mais do que depressa, sorrateiramente, se esgueirou para dentro de casa e se refugiou debaixo da cama.
Estacionando o carro à porta, após muito chamar, a esposa do colega foi adentrando à casa e, na sala, se deparando com muitas fotografias do seu marido nos braços da amante, fazendo com que enfurecida promovesse um verdadeiro quebra-quebra de televisor, sofá, aparelho de som, pratos, cadeiras, enfim quase nada tem sido deixado inteiro no local, e ele, encolhido debaixo da cama, torcendo para que ele não o descobrisse, o que realmente não se deu. Após feito o “serviço” não tendo localizado o colega, sua esposa retornou para Goiânia e só após muito tempo é que ele, ressabiado se aluiu de debaixo da cama, tendo que encarar os muitos vizinhos que se achavam à porta, curiosos, olhando os estragos promovidos pela sua companheira oficial.
Se a situação foi totalmente contornada em casa não se sabe, porém o fato é que ele pediu transferência de Catalão e lá não mais retornou, antes de sua saída, porém tendo tido o cuidado de pedir que se removesse um banco por ele doado, que assentado numa praça próxima da casa onde viveu quentes momentos, identificava o doador, em seu encosto, em grandes letras : “um oferecimento à comunidade, de fulano de tal e esposa” , o que, por certo, não se referia àquela que um dia o acompanhara até ao altar, com mútuas promessas de fidelidade e amor eterno, e sim à teuda e manteuda que, por um bom tempo, o acolheu e o aqueceu entre seus braços.
José Domingos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

GALINHA-D'ANGOLA NO ALMOÇO.


Assuntos de sovinices são sempre temas divertidos, sendo que sobre isso versa hoje o nosso “causo”, narrado pelo colega Rogerio Gomes, que dele foi protagonista.
Estando aquele atuando quase que como substituto oficial dos chefes de agenfas da região, lá estava ele respondendo pela repartição de Quirinopolis, sendo que a mesma possuia, aos fundos uma instalação de dormitório e também cozinha, espaço que era utilizado não só por ele que estava cobrindo as férias do titular, mas também pelos colegas que atuavam no comando fiscal quando de passagem pela localidade.
Assim um certo dia, logo de manhã, um colega de nome Geraldo, cuja pão duragem era por deveras conhecida na região, o procurou e lhe disse que ele mesmo iria fazer o almoço para a dupla que estava no comando volante e que o Rogério também almoçasse com eles, não sem antes já fazer a observação que a despesa seria rachada entre os três. Lá pelas dez horas e meia da manhã, Rogério teve que ir à cozinha lá se deparando com um monte de penas de galinha d'angola espalhadas pela pia, e um forte odor desagradável de carne que já estava começando a entrar em processo de putefração, saindo imediatamente e retornando para a Agenfa. Um “tempinho” depois, e eis que o Geraldo aparece ali e lhe informa que o almoço já estava quase pronto, no que Rogério lhe respondeu que não iria almoçar, pois estava sem fome, isso fazendo com que o Geraldo lhe reclamasse que se não iria almoçar tudo bem, entretanto ele teria que arcar com a parte das despesas que lhe tocasse com o custo total da refeição, pois o prato principal (galináceo) custara caro. Rogério já ia concordar quando entra o outro colega de comando volante que estava de serviço com o Geraldo e diz: “ e aí Geraldo, aquela galinha d'angola que atropelamos ontem à noite, ainda está boa?, vai ou não servir ainda para o “rango” hoje?”. Diante disso, Rogério deu uma olhada atravessada para o colega, a cuja sovinice ele muito bem conhecia, embora aquele ainda tentasse levar “algum”, pois não se dando por vencido ainda argumentou: “uái Rogério a galinha vai lá, que não paguei nada por ela, mas e o meu trabalho de despenar e “desfatar a bicha”, não conta?, você bem que poderia me repor qualquer tanto, para o prejuizo não ficar muito grande.”.
José Domingos

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A GARAPA


Logo depois da conquista do tricampeonato brasileiro de futebol, os jogadores que integraram aquela seleção histórica, foram muito requisitados para os mais diversos comerciais, fossem eles de rádio, televisão, jornais, revistas, etc. Nessa onda, o jogador Gerson atuou numa propaganda de um cigarro chamado vila rica, sendo que no seu final, ele assim dizia: vila rica, o cigarro de quem quer levar vantagem em tudo. Tão logo esse comercial passou a ser veiculado, os brasileiros com o seu espirito de gozador nato, passaram a chamar também assim, de vila rica, aqueles que queriam sempre se sair melhor que os outros, com vantagens pessoais.
Conforme nos contou o colega Ewaldo Ferreira, ao trabalhar na delegacia fiscal de Iporá ele ficou conhecendo um colega de nome Sebastião, cujo apelido até então era “Eu primeiro”, que tem muita proximidade com o apelido de vila rica, pois advinha de coisas parecidas, pois sempre que uma situação parecia favorecer a quem estivesse na frente, ele logo gritava: eu primeiro., assim o Ewaldo e outros só o chamavam de Tião Vila Rica, o que com o passar dos tempos substituiu o “Eu primeiro”, pois os colegas só se referiam a ele com o novo apelido.
Certa Feita lá estava Ewaldo e Tião Vila Rica em trabalho de comando volante em Aragarças quando, em virtude do grande calor, pararam numa barraquinha e cada um pediu um copo de caldo de cana, que era servido bem gelado. Antes de serem atendidos, contrariando o apelido anterior, Tião Vila Rica disse, “pode servir primeiro para o meu colega, pois eu gosto de beber garapa em copo de alumínio”, apontando para umas canecas enormes que estavam em uma prateleira. Servido o Ewaldo, o barraqueiro apanha a caneca na prateleira, a coloca na pia e despeja o caldo de cana, que logo entorna e escorre bastante pelas bordas da vasilha, sumindo no sorvedouro da pia. Ewaldo e todos os que se achavam em mesas ali próximas e tinham ouvido o pedido, não conseguiram esconder o sorriso, pois perceberam que na afoiteza e ambição de Tião Vila Rica, ele havia pedido para ser servido por último e na caneca, de ambição e com isso esperando que nela coubesse toda a garapa restante, não tendo observado ele que tais vasilhas embora pareçam grandes, cabem pouco produto, pois a sua maior dimensão é para conservar mais gelado o que dentro dela se coloca.
Tendo sorvido calado o que fora pedido, ao sair dali, Tião foi perguntado pelo Ewaldo o que havia achado da garapa, só recebendo um lacônico” “tava boa”, não se delongando mais e logo puxando outro assunto.
José Domingos


Logo depois da conquista do tricampeonato brasileiro de futebol, os jogadores que integraram aquela seleção histórica, foram muito requisitados para os mais diversos comerciais, fossem eles de rádio, televisão, jornais, revistas, etc. Nessa onda, o jogador Gerson atuou numa propaganda de um cigarro chamado vila rica, sendo que no seu final, ele assim dizia: vila rica, o cigarro de quem quer levar vantagem em tudo. Tão logo esse comercial passou a ser veiculado, os brasileiros com o seu espirito de gozador nato, passaram a chamar também assim, de vila rica, aqueles que queriam sempre se sair melhor que os outros, com vantagens pessoais.
Conforme nos contou o colega Ewaldo Ferreira, ao trabalhar na delegacia fiscal de Iporá ele ficou conhecendo um colega de nome Sebastião, cujo apelido até então era “Eu primeiro”, que tem muita proximidade com o apelido de vila rica, pois advinha de coisas parecidas, pois sempre que uma situação parecia favorecer a quem estivesse na frente, ele logo gritava: eu primeiro., assim o Ewaldo e outros só o chamavam de Tião Vila Rica, o que com o passar dos tempos substituiu o “Eu primeiro”, pois os colegas só se referiam a ele com o novo apelido.
Certa Feita lá estava Ewaldo e Tião Vila Rica em trabalho de comando volante em Aragarças quando, em virtude do grande calor, pararam numa barraquinha e cada um pediu um copo de caldo de cana, que era servido bem gelado. Antes de serem atendidos, contrariando o apelido anterior, Tião Vila Rica disse, “pode servir primeiro para o meu colega, pois eu gosto de beber garapa em copo de alumínio”, apontando para umas canecas enormes que estavam em uma prateleira. Servido o Ewaldo, o barraqueiro apanha a caneca na prateleira, a coloca na pia e despeja o caldo de cana, que logo entorna e escorre bastante pelas bordas da vasilha, sumindo no sorvedouro da pia. Ewaldo e todos os que se achavam em mesas ali próximas e tinham ouvido o pedido, não conseguiram esconder o sorriso, pois perceberam que na afoiteza e ambição de Tião Vila Rica, ele havia pedido para ser servido por último e na caneca, de ambição e com isso esperando que nela coubesse toda a garapa restante, não tendo observado ele que tais vasilhas embora pareçam grandes, cabem pouco produto, pois a sua maior dimensão é para conservar mais gelado o que dentro dela se coloca.
Tendo sorvido calado o que fora pedido, ao sair dali, Tião foi perguntado pelo Ewaldo o que havia achado da garapa, só recebendo um lacônico” “tava boa”, não se delongando mais e logo puxando outro assunto.
José Domingos

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

É CARBONO E NÃO CARBONE!!

Na década de noventa existia no time de futebol do Botafogo do Rio de Janeiro, um jogador conhecido como Carbone, titular daquela equipe que já teve entre os seus grandes ídolos o Mané Garrincha, craque de pernas tortas que, praticamente sozinho, foi o responsável pelo bicampeonato mundial de futebol conquistado pelo escrete canarinho em 1962 no Chile, já que Pelé se machucou, salvo engano, já no segundo jogo e não mais atuou naquela copa.
Pois bem, introdução feita, que tem a ver com o nosso “causo”, vamos a ele. O colega Roberto Costa e Silva Junior havia sido, por solicitação pessoal, colocado à disposição de uma secretaria estadual tendo ele, como superior imediato, o funcionário conhecido pelo apelido que também tem o time que ele torcia, o Atlético Goianiense, portanto sendo conhecido por Dragão, pessoa bem arrogante e autoritária. Certa feita aquele chefe chamou o Roberto e lhe disse: “Robertinho faça uma requisição de carbone para mim”, no que foi atendido de pronto, vez que, mais do que depressa o Roberto se dirigiu a uma máquina datilográfica e se pos a datilografar, fazendo com que Dragão passe para lá e para cá, observando-o e por fim o interpelando:” Uai Robertinho, se você não sabe, existe uma formulário próprio para fazer requisição de material, inclusive de carbone”, obtendo então a resposta por parte do Roberto: “ olha Dragão, com o formulário que existe, se pode requisitar carbono. Agora para o Carbone, estou fazendo um oficio para ver se o Botafogo libera o jogador para você, pois é o único que conheço com esse denominação”. Foi uma vermelhidão só no rosto do Dragão, sendo que, já no outro dia, o Roberto se achava trabalhando no seu órgão de origem, pois foi devolvido imediatamente, mas por certo o seu ex-chefe jamais se esqueceu como requerer carbono.

José Domingos

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TEM QUE TOMAR TODDY MENINO!!


O nosso colega Divino José, que atualmente se acha em gozo de uma bem merecida licença premio, é um emérito contar de histórias já tendo nos brindado com muitas delas que só não foram ainda narradas aqui, pois estão pendentes de uma confirmação por parte dele.
O “causo” que é hoje contado, já tinha sido ouvido dele uma certa vez, porém o colega Roberto Costa e Silva Junior, ontem, fez a repetição do mesmo, com todos os detalhes que já haviam sido relatados pelo Divino José, portanto merecedores de crédito, já que se tratam de duas figuras sérias, portanto muito respeitadas no nosso meio.
Um auditor fiscal, casado, portanto está sendo omitido o seu nome, do alto do seu um metro e setenta e cinco e cinquenta quilos de peso, bem magricela portanto, vinha se sentindo alvo de constantes olhares de uma mulher jovem, bonita tanto de rosto quanto de corpo, moradora bem próxima da agenfa onde ele trabalhava, sendo que a constância desse observar o levou a, diariamente cumprimenta-la e ser correspondido, sempre que por ela passava. Desse conhecimento logo nasceu um série de conversas entabuladas sobre os mais diversos assuntos, e o colega se achando cada vez mais galã, vez que ela o fitava como se estivesse lhe examinando, deixando o a cada dia mais ansioso por um convite que logo veio: “será que você não quer vir aqui em casa hoje à noite? Pode ser lá pelas sete horas”, convite feito, convite de pronto aceito, tendo ele se preparado de forma caprichada para o encontro, tanto que vinte minutos antes do horário aprazado e lá já estava ele, bem barbeado e perfumado à porta da residencia da mulher que, de pronto o convidou para entrar e se sentar no sofá, ao mesmo tempo que lhe propôs: “você não quer ficar mais a vontade e tirar a camisa, enquanto vou lá dentro?”, mais do que depressa ele assim o fez, ficando com o franzino tórax desnudo, enquanto ele adentrou para um dos cômodos da casa, logo retornando com duas crianças que com olhares arregalados o fitava, tendo ela, para a surpresa e decepção do colega assim se dirigido aos dois filhos:” Vocês estão vendo, eu já lhes disse, se vocês não tomarem toddy vocês vão virar um esqueleto que nem esse aí. Viram?”. Enquanto o colega mais do que depressa se enfiava na camisa já quase que correndo rumo à porta de saída, ainda escutou um dos moleques num berreiro, falando com a mãe: “Não mamãe, pode deixar mamãe. Eu não quero ficar feio que nem aquele ali não, pode trazer o toddy que eu tomo. Traz agora mãe, eu quero!”
José Domingos

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DE TERNO E GRAVATA!


O clima de forte calor que assola as regiões norte, nordeste e centro oeste brasileiras, e que em Goiânia não é diferente, faz com que tenhamos de trabalhar sempre com os aparelhos de ar condicionado ligados e no máximo, caso contrário nos sentiríamos numa verdadeira estufa e suando por todos os poros.
Por isso, não obstante muitos burocratas goianos se enfatiotarem de terno diariamente para suas lidas diárias, o bom senso faz com que a maioria prefira trajar roupas mais leves durante quase todo o ano, ficando assim mais condizente com as altas temperaturas enfrentadas no cotidiano goianiense.
Por isso qual não foi a nossa surpresa na semana passada, ao adentrar pela porta da repartição, uma figura que só com muita dificuldade conseguimos identificar, pois de terno e gravata, cabelo penteados, quem estava chegando para trabalhar nos “trinques”, tudo isso encimando impecáveis sapatos pretos, era o Brasil Gondim Vieira que, tradicionalmente, se veste de forma bem despojada, nos levando a, estupefatos, lhe questionar o por que de tudo aquilo, no que fomos informados: “ estou fiscalizando uma empresa que tem vários fornecedores paulistas e como preciso telefonar para eles em São Paulo, não quero fazer feio. Vocês sabem como é né?, aquela “paulistaiada” gosta de só andar vestida de terno e gravata e como não quero fazer feio, nem por telefone, também vim bem vestido. Vocês não acham que estou certo?”
José Domingos

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

OS GATOS ENFASTIADOS


Esse “causo” de hoje me foi narrado pelo colega Rogério Gomes, já tendo se dado a muito tempo, porém o acontecimento divertido nunca lhe saiu da memória, pois dele fez um relato minucioso, mostrando que se lembra até de pequenos detalhes.
O seu pai, advogado e também fazendeiro no município de Paraúna , era conhecido por todos da região como doutor Floriano, sendo bastante amigo de todos os vizinhos que, volta e meia a ele sempre recorriam para buscar algum tipo de conselho ou mesmo, trocar “meio dedo” de prosa.
Certo dia o doutor Floriano fez uma visita a João César, que tendo colhido uma boa safra, obtida em uma roça de touco, tivera que armazenar a sua produção em um rancho de palha próximo ao local da colheita e que, segundo todos os vizinhos soube, tivera sérios problemas com os ratos que fizeram festa nos sacos de arroz guardados no rancho.
Lá estavam eles na ampla cozinha da propriedade de João César, sentados à beira de enorme mesa saboreando um cafezinho recém coado, sendo que espalhados pelos cantos do recinto mais de meia dúzia de gatos, se encontravam indolentemente deitados. Conversa vai, conversa vem, o assunto descambou para o rumo de colheitas, no que o João César foi assim perguntado pelo visitante:”por falar nisso João, você já resolve o problema dos ratos que estavam desbastando o seu arroz lá no rancho?”, obtendo como resposta: “nem me fale nisso doutor Floriano, essa palavra, o senhor me desculpe, não pode aqui ser pronunciada, todos os meus gatos ficam enfastiados, pois eu os desloquei lá para o rancho e fizeram verdadeiros banquetes dos "bichinhos" que por lá existiam. Assim quando ela aqui é pronunciada, os gatos chegam até a vomitar, de tanto enjoo.”. Segundo afirma o Rogério, o fato é que o seu pai presenciou os gatos fazendo careta e saíndo do recinto, com ares de que estavam mesmo enfastiados.
José Domingos

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ELA É SUA ESPOSA?


Esse “causo” me foi contado pelo colega Luis Alberto Pereira, chegado até ele por um dos participantes da pescaria. Como é costume de muita gente, a cada mês de maio, em preparativos para o mês de julho, diversos colegas se reuniram mais uma vez para programar uma pescaria às margens do inigualável rio Araguaia.
As brancas e extensas praias do nosso litoral de agua doce, de muitos deles povoam sempre os sonhos entre um passeio e o próximo, no ano seguinte, daí as reuniões serem bem movimentadas e alegres . Fazia se uma anotação daqui, outra dali, coloca isso, tira isso da lista, quando alguém se lembrou: “ nós bem que poderíamos levar o “Tião Gogó” para alegrar um pouco o acampamento com suas graças”. Pondera um, pondera outro, quanto à conveniência ou não de levar o colega de trabalho que era conhecido por tal apelido, sendo uma das maiores preocupações a de que ele, por falar muito, às vezes ficava inoportuno, mas no final se optou por leva-lo, não que, sem antes o advertisse para ser comedido nas suas falas.
No principiar do mês, e lá já estavam eles, acampamento pronto, farra, cantorias e muita alegria, já se passara a metade do prazo fixado para o passeio (duas semanas), quando, no sábado os pescadores foram surpreendidos com um barco que estava à deriva no rio e os seus dois ocupantes, lhes tendo pedido ajuda, que pronta foi oferecida e o barco foi rebocado para a praia.
Para a surpresa de todos, se tratava de um famoso galã de novelas da rede globo, em companhia de uma mulher, sendo que os dois estavam em um acampamento quinze quilometros abaixo de onde agora se achavam e, que tendo subido o rio, na volta o barco apresentou problemas. De pronto fez se uma grande roda em volta dos dois e era só tietagem explicita, principalmente das mulheres, querendo saber detalhes da vida do ator. Eis que, um dos nossos colegas, percebendo uma total mudez de “Tião Gogó”, e até mesmo condoído por que haviam lhe recomendado que fosse comedido, resolve lhe puxar a lingua e pergunta: “E aí Tião, você não tem nada para falar com o moço da globo?” Fez se silencio, pois todos esperaram então mais uma das hilárias intervenções de “Tião Gogó” que se levanta, olha fixamente para o belo e bem apanhado ator de televisão, dá uma boa mirada na sua acompanhante, pessoa comum sem maiores atrativos e dispara:”Ela é sua esposa?”, tendo recebido uma resposta afirmativa, Tião Gogó então complementa: “ Pro seu naipe ela é bem fraquinha, não?”.

José Domingos

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ZÉ QUEROZENE


Durante a campanha de 1996 para prefeitos e vereadores, quando eu estava concluindo mandato de vereador na cidade de Goiás, não sendo candidado à re-eleição, fui convidado e participei, discursando em comícios não só no meu município, mas também nos mais próximos, tendo num deles acontecido o que hoje centraliza o nosso “causo”.
O local escolhido e previamente preparado, era bem iluminado, num largo de um distrito perto de Goiás, estando bastante cheio pois, á falta de atrações maiores que poucas já eram por ali, o comício da noite prometia quebrar a pacata rotina do povoado.
O palanque era um caminhão estacionado de travesso, de forma que a sua carroceria abrigasse e destacasse para o público todos que a ela tivessem acesso. Porém antes que isso se desse, os que iriam compor o grupo de oradores(candidatos e convidados) se postaram por detrás do caminhão e litros e mais litros de aguardente, quase sempre a velha, conhecida e usada pinga 51, eram secados com rapidez, o líquido sendo sorvido com sofreguidão, no gargalo, o litro passando de mão em mão, muitas vezes sequer dando para uma rodada completa. Está aí, o combustível que vigoriza a muitos candidatos que, inibidos, timidos no dia a dia, no palanque discursam e vociferam tal e qual alguns oradores que encantam as multidões.
Todos já tendo subido ao palanque, o “mestre de cerimonia” a medida que chamava candidatos aleatoriamente, sem qualquer organização prévia, sempre cochichava no ouvido de cada um que fosse breve. Para a pompa e magnitude da ocasião, escolheram para esse papel de destaque, de dirigir o evento, um filho da localidade que havia se mudado para Goiania onde estudava. Cioso da importância do que estava fazendo e querendo mostrar intimidade e conhecimento com todos, àqueles de quem não sabia o nome, buscara se informar antes, por isso ao chamar um dos pleiteantes ao legislativo municipal da localidade, utilizou o seu apelido, já que fora assim que lhe disseram(por gozação), embora não soubesse ele, que o cidadão abominava tal tratamento: “convido agora para fazer uso da palavra o candidato a vereador Zé Querozene!”, a plateia , cuja maioria conhecia a ojeriza daquele pelo apelido, ficou em silencio olhando estupefata e aguardando o desdobrar dos acontecimentos. O candidato que por detrás do caminhão antes do comício, fora um dos mais hábeis na tarefa de levar o litro de 51 à boca, e cujo apelido nada mais era do que uma alusão a tal hábito, encarou o animador do evento e disse ao microfone : “ o meu nome é José Benevides, Zé Querozene é a puta que te pariu!”. Ante tal pronunciamento partiu uma sonora vaia do publico, no que “Zé Querozene” ainda de microfone em punho, bastante irado, vociferou: “vocês acharam ruim? Então vão junto com ele, a puta que pariu!”, assim não foi mais possível o candidato discursar, pois apupado por longos minutos seguidos, desceu enfurecido do palanque e se retirando do local. Abertas as urnas daquela eleição, tive a curiosidade de saber quantos votos tinha obtido o senhor José Benevides, dito e conhecido por "Zé Querozene", constatando que as suas pretensões haviam ficado em apenas seis votos, pois esse foi o número de pessoas que o escolheram, por certo os seus parentes mais próximos.

José Domingos

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OS DOIS COM "CÉSSO"


Como todos conhecem, ou quem sabe já tenham pelo menos ouvido falar, algumas maneiras de tratamento se consolidaram ao longo dos tempos, num linguajar totalmente peculiar a uma região, assim o “uai” e “trem bão” são tipicamente mineiros, o “tchê” e “bah” gaúchos, e por ai vai.
Como alguns retratam aos mineiros como baianos cansados, e aos goianos como mineiros na mesma situação, somos uma mistura de gente e de raças, devemos ter absorvido características várias que vieram a se incorporar ao nosso cotidiano.
E é, desse falar com tipicidade regional aqui explicado, é que narramos o nosso “causo” de hoje, mais divertido em razão do linguajar nele empregado. Quem conhece o termo sabe que se refere a tique nervoso, mania, hábito, gesto, ou mesmo expressão corporal repetitiva, à qual se convencionou, para muitos, de se chamar de “césso”.
E foi assim, um encontro de duas pessoas cada um com um “césso”: o auditor a quem preferimos não nominar, com o seu de balançar a cabeça para um lado e para o outro, como se estivesse de tudo discordando, e um motorista cujo “césso” era de balançar a cabeça só que para cima e para baixo como se tivesse assentindo com tudo ao seu redor. Lá estava o auditor num posto fiscal e eis que chega o motorista e lhe entrega a nota da carga, confere daqui, olha dacolá, observa, sempre meneando a cabeça para a direita, para a esquerda, para a direita, para a esquerda, olhando fixamente na nota.No guichê, balançando a sua para baixo e para cima,ante a demora, o motorista já impaciente, desconhecendo ou não querendo admitir que também possuia um tique nervoso, só que em sentido contrário, brada: “ôh fiscal, tá tendo algum problema com a minha nota, ou esse seu “balangar” de cabeça é só um “césso?, desenrola ! Eu preciso seguir viagem. Vamos logo, pô!”
José Domingos

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SABE QUE EU NÃO SEI?


De novo, o nosso “causo” retoma os assuntos de blitz, hoje já tão em desuso no nosso meio, dado os sistemas de acompanhamentos eletrônicos que facilitaram bastante a vida de todos os auditores, mas que há duas décadas passadas era bastante utilizado, pois não se dispunha de todo o aparato de apoio hoje existentes, e tínhamos mesmo era que buscar no trânsito, na conferencia manual/visual a arrecadação de impostos que os contribuintes tentavam sonegar.
Depois de uma exaustiva blitz móvel em que havíamos circulado por mais de quatrocentos quilômetros abordando veículos com cargas e com o dia já quase amanhecendo, nós todos que compúnhamos a equipe, paramos em uma lanchonete na cidade de Itaberai,para o desjejum matinal, pois nos achávamos “torados de fome”. O sargento Eduardo (hoje integrando o batalhão rodoviário estadual) que havia trabalhado a noite toda conosco, foi acercado de um bebado, que mesmo no seu alto estado etílico, quis fazer uma gracinha e deste jeito assim o interpelou: “Ô seu puliça, tá anoitecendo ou tá amanhecendo?”, como Eu estava bem perto, não pude deixar de rir e muito, da pronta resposta do sargento: “Olha moço, sinceramente, sabe que eu não sei?. Não sou daqui e estou chegando agora.”
José Domingos

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ASSOMBRANDO O DESASSOMBRADO


Algumas histórias sobre o sobrenatural, mesmo os mais incrédulos, senão amedrontados, ficam ao menos curiosos, em descobrir qual o fundo de verdade existente no que nos acostumamos a rotular de assombrações, fantasmas, almas penadas, etc.
As histórias com pormenorização de situações do gênero, trazendo muito suspense e medo, quase sempre se dão à noite, propiciando assim um clima em que o próprio negrume à nossa volta, dá o tom de suspense, pois quando as estamos ouvindo, nossos olhos sempre perscrutam a escuridão, buscando os milhares de segredos que o seu manto acoberta.
E foi uma experiencia que se iniciou assim, tendo se dado na república da delegacia fiscal de Pires do Rio, que até hoje permanece inexplicada,lá estavam,certa noite, PC, motorista, Roberto Costa e Silva Junior, Hazimu Takashima, o Minervino, o Max e outros colegas, e falava se de um e de outro caso sobrenatural, de todos eles um dos colegas fazendo troças e dizendo não acreditar nisso. Altas horas, já se anunciando quase a sobreposição do maior sobre o menor ponteiro do relogio da igreja da matriz. sitauda na praça principal da cidade, na qual se situava a república e todos se recolheram aos seus aposentos, um dos dormitórios contendo cinco camas, uma delas sendo ocupada pelo nosso colega “troçeiro” e desassustado. Desligada a luz e todos já haviam caído num bom sono e, de repente, o colega incrédulo se levanta e sai em disparada porta a fora , no terreiro se deparando com o PC que estava fumando, e que lhe perguntou o que estava acontecendo, obtendo como resposta:” rapaz, eu não duvido dessas coisas mais não!, por três vezes a minha coberta foi puxada de mim, sem que tivesse ninguém por perto!. De agora em diante se alguém contar essa histórias comigo junto, eu casco fora!”.
Agora o que não soube e ainda não sabia ele é que, pelo menos nessa situação que lhe ocorreu, tudo não passou de uma armação, já que os colegas prenderam um pequeno anzol (bem escondido) na sua coberta e tão logo ele começava a cochilar, iam lhe tirando-a lentamente, e quando ele firmava as suas bordas eles soltavam para depois recomeçar, deixando-o em pânico até que, por fim, saisse correndo totalmente apavorado, momento em que os autores da brincadeira foram lá e retiraram o anzol, não deixando vestigios do que aprontaram.

José Domingos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TEM FEIJÃO NO MEIO DO MILHO !

Conforme muitas vezes já falamos em nossos "causos", é comum nos serviços de fiscalização especialmente no transito ( mais comumente em blitz noturnas, no intervalo entre a abordagem de um ou outro veiculo) a "companheirada" ficar contanto piadas ou aprontando algum tipo de gozação com os colegas. E foi assim que certa feita, lá estávamos, Eu, Antonio Martins, Paulo Assakazo, Julio Macedo e Silva e Sebastião Caetano de Araújo, cujo apelido era vaca brava( já falecido), pois servidor provido de uma grande disposição para o trabalho, era bastante atirado, dai lhe tendo vindo a alcunha, quando em altas horas parado um caminhão, conduzindo um carga acobertada por uma nota fiscal de milho, Julio Macedo pega um chuço e entregou para o vaca brava lhe pedindo para conferir se a carga estava de conformidade com a nota fiscal.
Tão logo retirou o instrumento manual que foi enfiado bem fundo no meio dos sacos, Tião vaca brava veio mais do que depressa, ja bradando: "tem feijão no meio do milho! tem feijão no meio do milho!, olha aqui!", de fato em suas mãos uma grande quantidade de grãos, sendo na sua maioria feijão com alguns poucos de milho. O motorista, estupefato, quase gaguejando afirmava e reafirmava que tinha visto ser carregada a carga e nela não continha nem um grão de feijão, enquanto isso, lá num canto Julio Macedo riu ás bandeiras despregadas com a situação, que logo foi esclarecida. Saber da afoiteza do colega Tião vaca brava, antes de sair para a blitz, o Julio havia colocado um punhado de grãos de feijão no bolso, aguardando que quando aparecesse uma carga de milho, ele colocasse os grãos no chuço e entregasse especialmente para o colega Tião para proceder a conferencia, daí advindo a confusão que logo foi desfeita, porém vindo a integrar o infindável rosário de "causos" se dado entre a nossa categoria.
José Domingos

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PIMENTA NA SALADA


O colega analista fazendário Roberto Costa e Silva Junior tem sempre uma história para nos contar, só precisa achar tempo, e ele fala dos tempos em que atuou no transito ao lado do colega Hazimu Takashima, o que se deu por um longo período.
Como acontece nessas ocasiões, os longos dias de convivência levam, inevitavelmente a troca de muitas informações e mesmo confidencias, tendo uma das que lhe foram feitas pelo Hazimu, lhe provocado muitos risos, da qual ele não se esquece nunca e que passo agora a narrar.
No posto fiscal Governador Valadares, no municipio de Corumbaíba, da jurisdição da delegacia fiscal de Morrinhos, em seu quintal fora plantado um pé de pimenta malagueta, do qual os cozinheiros das escalas de serviços se valiam para temperar principalmente as verduras que utilizavam nas saladas, sendo que o Hazimu por detestar pimenta, teve que abandonar o saudável hábito de consumir produtos hortifrutícolas, ficando assim bastante enfezado e matutando o que poderia fazer para se vingar.
Depois de um certo tempo de comidas bastante apimentadas, os colegas notaram que o Hazimu, apesar de não consumi-las, além de não mais resmungar ou reclamar mais do assunto quando abordado, estava sempre com um sorriso nos lábios vendo os colegas levarem à boca bocados de verduras contendo o tempero colhido do pé de pimenta existente no quintal. Tanto ele deixou de se incomodar que incomodados ficaram foram os colegas que trabalhavam com ele, do por que daquela mudança e passaram a vigia-lo discretamente. Daí que um certo o pegaram urinando no pé de pimenta e o repreendido pelo fato, entre muitas e muitas gargalhadas ele assegurou que há vinha fazendo isso há meses, quase sendo agredido pelos colegas que, a bem da verdade vinham notando que a comida com pimenta estava sempre mais salgadinha do que o habitual.
José Domingos

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O "MINERIN" ESPERTO

O Brasil Gondim Vieira, excelente profissional, comunicativo, dotado de um raro senso de humor e amigo de verdade, vem se mostrando um grande colaborador para que consigamos manter os nossos "causos" , todo dia sempre tendo algo diferente. Após esse preâmbulo vamos à narrativa de hoje, vivido pelo Brasil quando de uma viagem de férias para a antiga capital federal, a sempre bela cidade do Rio de Janeiro.
Lá estavam Brasil, Selva, Raissa e Pedro hospedados em chalé de um condominio bem próximo da Praia do Leblon, sendo que desde o primeiro dia o colega Brasil, com o seu "jeitão" já travara contatos com um fazendeiro do interior de Minas Gerais, o seu Tunico, que pela primeira vez, havia saido do seu mundinho rural e assim estava deslumbrado com o agito da cidade maravilhosa, e que estava ocupando um chalé vizinho ao dos nossos amigos goianos.
Pessoa bem falante, seu Tunico era metido a sabichão e qual fosse o assunto que se abordasse lá estava ele dando pitacos, com ar professoral, parecendo ter gostado da companhia, pois para onde o Brasil Gondim fosse ele sempre se prontificava a ir junto.
Lá pelo terceiro dia da estada em terras cariocas, o Brasil teve que ir a um supermercado próximo, no que o seu Tunico o acompanhou logo de pronto. Por ser próximo o estabelecimento comercial foram a pé, no caminho o mineiro se deteve frente a um edificio bastante alto, e apontando os dedos, fazia a contagem de quantos andares existia no prédio. Eis que se aproxima um típico carioca malandro e pergunta ao seu Tunico: " o que fazes? por acaso estás a contar os andares desse prédio?", tendo o seu Tunico assentido com a fala do carioca, esse retruca: " eu sou fiscal municipal e aqui existe uma lei, para se contar andares tem que se pagar R$ 5,00 por cada um que for contado. Quantos o senhor já contou?", o mineiro de pronto retrucou já enfiando a mão no bolso e apanhando uma cédula de R$ 20,00: "Uai, eu contei quatro, aqui está o dinheiro". Com o Brasil Gondim só observando, o carioca dobrou o dinheiro e saiu assoviando, e quando este já se achava longe, o seu Tunico deu uma gargalhada e disse: "viu ôh goiano, como eu sou esperto?", atônito o colega nem teve tempo de responder, pois o mineiro e seu mais recente amigo já foi longo emendando:" aquele fiscal é trouxa mesmo. Eu contei foram nove andares e não sós quatro. A gente tem que ser "vivo" mesmo, senão enrola né, sô?"

José Domingos

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

UM CAMINHÃO FECHADO !


À exemplo de um recente “causo” - Isso tudo seu Ferreira?, que envolve um nosso colega chamado apenas de Ferreira, voltamos a abordar o assunto do alcoolismo, só que agora envolvendo um contribuinte.
Segundo nos contou por diversas vezes, o fiscal arrecadador aposentado Sebastião Alves Losi, que por anos e anos seguidos atuou como coletor na cidade de Britania, tão logo se criou a inscrição para produtos rurais, poucos não foram os que buscavam a repartição em busca de informações do que se poderia, ou não, adquirir utilizando tal cadastro estadual.
E foi assim, nessa época, que um dos grande fazendeiros dali da região, senhor Edson Tarquezini, bastante conhecido na cidade, boa pessoa, honesta, dada a tomar um “porres homéricos”, já que era bem grande a sua resistencia organica, não se abatendo ou prostrando mesmo apesar de cavalares ingestões de bebida alcoolica, pois não dava demonstração de que se encontrasse bebado..
Estando aquele com o Sebastião Losi, tinha como motivo principal de sua visita à repartição, dentre outros, também obter informações para se cadastrar e quanto ao uso correto da inscrição de produtor. Conversa vai, conversa vem, o seu Edson indaga ao coletor se entre as mercadorias que poderia comprar na condição de produtor rural , se incluiria também aguardente para seu consumo próprio, no que o fiscal disse não haver nenhum impedimento legal para isso.
Porém o Sebastião Losi quase caiu da cadeira quando o fazendeiro disse que: “ sendo assim, vou ligar para Pirassununga e pedir que me enviem logo um caminhão fechado de 51”. A história parou por aí e não se soube se o seu Edson fez ou não o pedido, porém o colega fiscal arrematava dizendo que o fazendeiro, de fato, consumia tanta aguardente que, necessitando fazer uma cirurgia, ao abri-lo os médicos constataram que as suas tripas estava quase todas podres, não tendo sobrevivido àquela operação e vindo à óbito naquela ocasião.
José Domingos