segunda-feira, 25 de outubro de 2010

GALINHA-D'ANGOLA NO ALMOÇO.


Assuntos de sovinices são sempre temas divertidos, sendo que sobre isso versa hoje o nosso “causo”, narrado pelo colega Rogerio Gomes, que dele foi protagonista.
Estando aquele atuando quase que como substituto oficial dos chefes de agenfas da região, lá estava ele respondendo pela repartição de Quirinopolis, sendo que a mesma possuia, aos fundos uma instalação de dormitório e também cozinha, espaço que era utilizado não só por ele que estava cobrindo as férias do titular, mas também pelos colegas que atuavam no comando fiscal quando de passagem pela localidade.
Assim um certo dia, logo de manhã, um colega de nome Geraldo, cuja pão duragem era por deveras conhecida na região, o procurou e lhe disse que ele mesmo iria fazer o almoço para a dupla que estava no comando volante e que o Rogério também almoçasse com eles, não sem antes já fazer a observação que a despesa seria rachada entre os três. Lá pelas dez horas e meia da manhã, Rogério teve que ir à cozinha lá se deparando com um monte de penas de galinha d'angola espalhadas pela pia, e um forte odor desagradável de carne que já estava começando a entrar em processo de putefração, saindo imediatamente e retornando para a Agenfa. Um “tempinho” depois, e eis que o Geraldo aparece ali e lhe informa que o almoço já estava quase pronto, no que Rogério lhe respondeu que não iria almoçar, pois estava sem fome, isso fazendo com que o Geraldo lhe reclamasse que se não iria almoçar tudo bem, entretanto ele teria que arcar com a parte das despesas que lhe tocasse com o custo total da refeição, pois o prato principal (galináceo) custara caro. Rogério já ia concordar quando entra o outro colega de comando volante que estava de serviço com o Geraldo e diz: “ e aí Geraldo, aquela galinha d'angola que atropelamos ontem à noite, ainda está boa?, vai ou não servir ainda para o “rango” hoje?”. Diante disso, Rogério deu uma olhada atravessada para o colega, a cuja sovinice ele muito bem conhecia, embora aquele ainda tentasse levar “algum”, pois não se dando por vencido ainda argumentou: “uái Rogério a galinha vai lá, que não paguei nada por ela, mas e o meu trabalho de despenar e “desfatar a bicha”, não conta?, você bem que poderia me repor qualquer tanto, para o prejuizo não ficar muito grande.”.
José Domingos

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