quinta-feira, 30 de setembro de 2010

VIU?, NÃO DOEU NADA !!!


Numa agradável roda de bate-papo na qual se achavam o Brasil Gondim, o Rodrigo Porto Ramos, o José César Gondim Melo e o Luis Alberto Pereira e
Eu, surgiu a lembrança do “causo” de hoje, contado conjuntamente pelos dois últimos, por ser deles conhecedor pois salvo engano, um deles ou os dois se achavam presentes quando isso se deu.
Os colegas da turma de 1984 lá estavam trabalhando em Luziânia, numa quinta feira à noite, numa daquelas longas blitz que os mais antigos do
fisco nos colocavam por horas a fio, pois, por ser uma região limítrofe de Brasília, tem um pesado tráfego de veículos, sobretudo nas terças e quintas feiras, oportunidade em que os políticos federais ou estavam indo ou vindo de suas bases eleitorais, pois já é praxe no congresso nacional só se trabalhar três dias por semana(terça do meio dia para tarde, quarta o dia todo – que enorme carga de trabalho, sofrimento e stress - e quinta até meio dia), quando um colega, o Paulo Adriano, abordou um deputado federal goiano, representante da região sudoeste do Estado, morador de Rio Verde, e lhe pediu que abrisse o porta malas, como é costume nas operações dessa natureza.
Para o parlamentar foi a pior das ofensas, não faltando o tradicional chavão tão comum em situações do gênero: “sabe com que está falando?”, mas conversa daqui, conversa dali, após muitas explicações, o deputado federal aciona o porta-malas e Paulo Adriano, vendo não ter nenhuma mercadoria, fez uma troça com o parlamentar: “viu?, não doeu nada!”, foi um Deus nos acuda, pois recrudesceu toda a discussão que já fora deixada de lado, o politico querendo o nome completo do auditor para se queixar do seu “deboche”, tendo o supervisor com muito custo, entrando no meio da discussão e apaziguado a situação, alegando que os arroubos e afoiteza era por que se tratava de um fiscal em inicio de carreira, entretanto, não tendo o deputado saído dali nem um pouco satisfeito, mas o episódio se encerrou nisso mesmo.
José Domingos

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

UM GRANDE SUSTO !


Em 2002 tão logo comecei a trabalhar aqui na delegacia fiscal de Goiânia, numa calorenta manhã de setembro( como agora) a atenção dos que trabalhavam no primeiro andar da repartição, no mesmo lugar onde hoje ainda funciona, foi atraída por uma pequena confusão no meio da avenida independência, bem em frente à nossa janela, quando alguns policiais da rotam ao abordarem dois motociclistas, lhes deram alguns tapas.
Do meu campo de observação não me contive e gritei: “olha a arbitrariedade”, obtendo como resposta uma olhar furioso e um “vá trabalhar”, porém as agressões tendo deixado de serem feitas. Me sentando e retomando minhas atividades, dentro de alguns minutos adentram ao ambiente os dois agredidos, confirmando o que eu havia pensado, pois eram mesmo trabalhadores humildes que sequer ouviram os meus conselhos de levar o caso à corregedoria da policia.
Tendo contado esse acontecimento à minha esposa e após alguns dias, num sábado estávamos regressando para casa, a pé, quando passou por nós um veículo da rotam, tendo do fato a minha esposa se lembrado, e notando que os seus ocupantes estavam me observando fixamente, o que me foi posto, por ela, no que respondi “ nada tenho a temer, sou um homem de bem”. Continuamos a caminhar e a minha esposa me fez a observação de que a viatura contornara uma rotatória próxima e vinha retornando devagar, tendo eu lhe respondido da mesma forma, com um acréscimo: “nada tenho a temer, sou um homem de bem, continuemos a caminhar”, eis que a viatura para bem no nosso rumo, do outro lado da rua, e um dos policiais a atravessa vindo em nossa direção, nessa altura eu sequer olhando para os lados, pois o que nos vinha à memória era se não tratava daqueles mesmos que eu havia interpelado em frente à delegacia. Eis que o integrante da rotam se coloca à minha frente e brada um: “E aí José Domingos, tudo bem?”, para meu alivio verifico se tratar de um dos muitos policiais que havia trabalhado comigo no transito da delegacia fiscal de Goiás e que, assim como eu havia sido transferido para Goiania. Mas que passei um grande susto, Ah, isso passei!
José Domingos

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ME TIREM DAQUI, EU CONTO TUUUDO!!!


Mais um “causo” contado pelo Paulo Sérgio que, quando busca no fundo do baú de suas memórias, sempre aparece um situação vivida, seja ela pitoresca ou interessante ou ambas as coisas.
Houve um certo periodo em que a sonegação de impostos incidentes sobre o alcool etanol alcançava alarmantes proporções, fazendo assim., com que a fiscalização de trânsito( o forte do Paulo Sérgio, um dos melhores “comandeiros” em ação no Estado) se desdobrasse para conter a sonegação, correndo daqui prá lá e da lá prá cá, visando cobrir toda a área onde maior fosse a propabilidade de que isso viesse a ocorrer.
E foi assim que certa feita lá estava uma equipe ( o Paulo a ela comandando) no trevo que demanda à cidade de Taquaral quando abordaram um caminhão tanque carregado do produto, sem a devida nota fiscal. Como se verifica nessas situações, a fim de que o trabalho de fiscalização seja o mais abrangente possível, os auditores fiscais tentaram de todas as formas desdobrir de qual usina havia saído o alcool etanol sem a documentação fiscal exigida para a operação, tendo sido vãs todas as tentativas, pois o motorista se recusava a prestar tal informação.
Por sugestão de um dos policiais que auxiliavam naquela blitz, todos se dirigiram até a uma delegacia de uma cidade próxima, onde o Paulo então narrou os fatos ao delegado de policia de plantão, que interrogando o motorista também não obteve dele as informações que lhe foram solicitadas. Ante sua recusa, o delegado determinou a um agente de policia, não sem antes lhe cochichar algo ao ouvido, que conduzisse o motorista até uma cela, local onde já se achavam outros cinco presos.
O Paulo Sérgio então perguntou àquela autoridade policial quais seriam as próximas providencias, tendo o delegado respondido que seria ouvir a confissão do motorista, ao que retrucou o nosso colega: “ como se ele não quis falar nada?”, ao que, prontamente, obteve como resposta do delegado: “espere apenas dez minutos e ele vai confessar até o que não sabe”. Dito e feito, não havia ainda decorrido o prazo estipulado, eis que veio um verdadeiro berreiro lá das celas: “me tirem daqui, me tirem daqui, eu conto tudo!” De novo conduzido o motorista até a presença do delegado e do escrivão, aquele forneceu em detalhes todas as informações que lhe foram pedidas e até outras que não lhe haviam sido solicitadas, não sem antes ele haver recebido a promessa de que não seria, de novo, preso onde fora colocado.
Findo o seu depoimento o motorista foi liberado. Cheio de curiosidade o Paulo Sérgio perguntou ao delegado como ele tinha tanta certeza de que o motorista mudaria de idéia, como de fato aconteceu. Entre gargalhadas a autoridade policial lhe disse: “você viu que antes de que ele fosse encaminhado à cela eu cochichei no ouvi do agente que o condiziu. Bem eu disse a ele para, em separado, dizer aos outros presos que ali já se acham a mais de tres meses, que ele era um estuprador. Oras, existe no meio dos detentos um código de honra de que estuprador tem que merecer preso, o mesmo tratamento que deu às suas vítimas, assim você poder imaginar o aperto pelo qual ele passou”.
José Domingos

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

COMANDO URUBU


Ao ter a idéia de escrever os “causos” sobre os fatos acontecidos ou vividos por nossos colegas fiscais, firmei posição de só constar o nome dos personagens quando eles assim me autorizam ou, em situações que a exposição não causa nenhum contratempo.
Em sendo assim, por não haver contactado o auditor que fazia dupla de trabalho à época com quem me narrou nossa história de hoje, Alberto Alves Ferreira, deixo de nomina-lo.
Tão logo entramos no Fisco, sangue novo, muita disposição e vontade de aprender e trabalhar, assumimos atividades cansativas, de risco e rotineiras, uma delas sendo a cobrança de ICMS decorrente da comercialização de carnes em açougues, geralmente apenas de bovinos e de suinos.
Cansativas por que era sempre, antes de receber o imposto, um longo e conhecido discurso; de risco por que embora, felizmente, poucas tenham sido as situações em que enfrentamos perigos maiores e concretos, em todas as vezes que adentrávamos a um açougue, era “um tal de amolar facão”, de maneira intimidatória
E foi assim que o Alberto e o outro colega, se especializaram nessa atividade, mais especificamente nas cercanias da capital federal, abrangendo açougues na Cidade Ocidental, Valparaiso, Céu Azul, Pedregal, Jardim Ipê e Novo Gama. Tanto que entrava e saia mês lá estavam eles, logo recebendo dos outros auditores, em função de só fazerem sempre o mesmo trabalho, de cobrança em açougues, de Comando Urubu.
Tamanha repetitividade de função já estava deixando os com fixação por tal modalidade de cobrança de ICMS, tanto que dormindo num apartamento duplo no hotel Elite no entorno de Brasilia, certo dia o Alberto percebeu que o colega de quarto e também de comando volante, acordou sobressaltado na cama ao lado, se colocando sentado na cama e olhando para um lado, ora para o outro, olhos arregalados, assim se pronunciava: “é um porco, ou um porco e uma vaca ?. É um porco, ou um porco e uma vaca?”, após o que retornando o sono e, no outro dia quando consultado disse não se lembrar de nada disso.
José Domingos

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CONSOLANDO O VIÚVO


O nosso trabalho de fiscalização nos leva, muitas vezes, a ficar distante da familia por longos periodos nos quais, se a pessoa não tiver bastante fidelidade e compromisso conjugal, ela acaba querendo “pular a cerca”. Feito esse preâmbulo que tudo tem a ver com o nosso “causo” de hoje, mais uma vez contado por Ewaldo Junior, passamos a descreve-lo. Corria o ano de 1992 , os colegas da turma de 84 ainda esbanjando juventude e muita disposição e, estando uma grande turma prestando serviços na delegacia fiscal de Rio Verde, nela se incluindo o Ewaldo, era comum eles saírem para as farras, com grande rodadas de cervejas e longos bate-papos.
E foi numa dessas, escolhida para acontecer num boteco próximo de uma faculdade que lá estavam eles, numa oportunidade em que estava acontecendo um congresso estudantil, portanto havendo mais de mil jovens em grande rebuliço por aquelas imediações.
Tão logo se sentaram e perceberam que a noitada “prometia” para os mais afoitos, um deles, mais do que depressa pediu ao Ewaldo Junior que guardasse a sua aliança, pois não queria mostrar a sua condição de casado. Recebido o anel de compromisso nupcial do colega, Ewaldo o colocou junto com o seu, ficando, portanto, duas alianças no seu dedo anular, o que para muitos é sinonimo de viuvez.
E começa a chegar as “gatinhas”. Tão logo uma delas viu as alianças com o Ewaldo, o perguntou se era recente o passamento de sua esposa, no que ele fazendo compungida expressão disse: “nem me fale, moça. Não tem nem dois meses, nem sei por que estou aqui.Só estou saindo um “pouquinho” para espairecer, pois as lembranças da extinta continuam firme na minha memória.”
Isso acabou sendo a deixa para que o Ewaldo fosse rodeado de belas moças que, condoídas de sua situação, tentaram consola-lo de todas as formas, enquanto que o pretenso galã, também nosso colega, hoje AFRE III, ficou remoendo de inveja e sozinho no seu canto, já que todas as atenções femininas da mesa se voltaram para o Ewaldo.
José Domingos

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O GATO EM ABSTINENCIA


Esse “causo” de hoje me foi lembrado pelo colega Ewaldo Junior, e confirmado pelo protagonista, conforme se segue:
Já de há muito, que o colega Brasil Gondim Vieira sempre goza férias no mês de dezembro, invariavelmente viajando para o litoral indo sempre para a região nordeste do Brasil. Nessa ocasião ele sempre deixa o seu gato, o Tomaz, com a dona Magna, sua genitora.
Pessoa mais do que simpática, extrovertida e saudável, e que do alto dos seus oitenta e quatro anos, dona Magna quase nunca deixa de assistir os jogos do dragão da Campininha, o Atlético Clube Goianiense, do qual é uma torcedora fiel juntamente com o seu companheiro de há mais de meio século , o seu Sebastião, bem como toda a prole deles, numerosa e totalmente atleticana.
Como ocorre em todas as viagens, diariamente o Brasil liga para cá, pergunta à mãe por todos, inclusive pelo seu querido gato Tomaz, sendo que numa de suas férias, não recebeu boas noticias quanto ao seu felino de estimação, já que a dona Magna lhe disse o Tomaz estava tendo tremedeiras e bastante nervoso.
Se o seu gato estava nervoso, também lá de longe nervoso ficou o Brasil Gondim, preocupado e querendo descobrir o que estava acontecento com o seu animal de estimação. Mal raiou o dia lá em Salvador e, eis ele ligando de novo para cá, não recebendo boas noticias, pois o Tomaz estava do mesmo jeito, sendo o jeito então, pedir á sua mãe que o levasse ao veterinário, para se descobrir o que estaria incomodando ao felino. À tarde quando ligou, sua mãe estava nervosa e foi logo esbravejando: “ que negócio é esse do Tomaz?, o veterinário disse que ele está com crise de abstinencia?, o que que é isso, Brasil?”. O nosso colega ficou pensativo, depois de muito matutar, ficou furioso ao perceber que, existindo um vizinho no apartamento ao lado de onde mora, e que de lá sempre saia um fumacê, e tendo aquele uma mimosa gata a qual o Brasil o via chamar de Mary Huana, o Tomaz sempre estava por lá a paquerando, por certo tendo inalado diariamente muita fumaça de “cannabis sativa”.
Como o seu felino fora levado para o apartamento de dona Magna em um setor distante, entrou em crise de abstinencia, pela falta da “cota diária de fumacinha ”. Isso fez com que o Brasil Gondim antecipasse o seu retorno, ante a necesidade de se submeter Tomaz a um processo de desintoxicação que o livrasse do vício.
José Domingos

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SENDO ASSIM, SE CONSIDERE "DESEXPULSO"

Trabalhávamos, na década de noventa, Paulo Sergio Pereira de Freitas, Paulo Assakazo, Antonio Martins, Ademar Batista, Pedro Cascalho, Eu e diversos outros colegas, na região da delegacia fiscal de Goiás, ali tendo permanecido todos por um bom tempo.Era e continua sendo uma ampla jurisdição, que à época abrangia cerca de vinte e cinco municipios, nela se incluindo o municipio de Itapuranga, local onde se sucedeu o nosso “causo” de hoje, o qual nos foi narrado pelo Paulo Sergio que dele foi testemunha e partícipe.Nossas ações fiscais, mesmo no trânsito, quase sempre exigiam conclusões que nos obrigavam a verificar os livros fiscais das empresas, portanto tendo contato e passando a conhecer praticamente todos os contabilistas que atuavam na região.E foi com um deles, Delcides Fonseca, bastante conceituado, sério e profissional competente, hoje atuando como conselheiro no conselho administrativo tributário do Estado de Goiás, em Goiania, é que se sucedeu o que nos foi narrado pelo Paulo Sérgio, em uma partida de futebol entre um grupo de amigos.Os famosos “rachões” ou peladas reuniam um grupo de trinta pessoas num campo de futebol soçaite, duas vezes por semana, para se divertirem. Ocorre que por haver muitas reclamações e discussões sempre escolhiam alguém para apitar o jogo, dentre os que estava de fora do comumente conhecido “dois ou dez” ( se um time fizer dois gols no outro mesmo que em curtissimo intervalo, o perdedor sai, o que também ocorre quando decorrem os dez minutos, criteriosamente acompanhado e vigiado pelos que estão de fora). Lá estavam jogando entre outros Paulo Sérgio e Delcides, sendo que esse tendo cometido uma falta mais dura, foi expulso pelo “juiz”, tendo então tomado uma atitude prá lá de inusitada: colocou a bola debaixo do sovaco e disse: “ se estou expulso, acabou o jogo, a bola é minha, tchau. ” inclusive saindo do campo
Foi uma gritaria geral, tendo então o juiz pedido que ele devolvesse a bola para continuar o jogo e, ante a sua firme negativa: "não, não e não", o árbitro teve que reconsiderar a sua decisão e se pronunciar: "sendo assim, se considere "desexpulso" e vamos continuar o jogo”, e o Delcides, feliz proprietário da “pelota”, e todos os demais puderam continuar a jogar satisfeitos.

José Domingos

SENDO ASSIM, SE CONSIDERE "DESEXPULSO"


Trabalhávamos, na década de noventa, Paulo Sergio Pereira de Freitas, Paulo Assakazo, Antonio Martins, Ademar Batista, Pedro Cascalho, Eu e diversos outros colegas, na região da delegacia fiscal de Goiás, ali tendo permanecido todos por um bom tempo.
Era e continua sendo uma ampla jurisdição, que à época abrangia cerca de vinte e cinco municipios, nela se incluindo o municipio de Itapuranga, local onde se sucedeu o nosso “causo” de hoje, o qual nos foi narrado pelo Paulo Sergio que dele foi testemunha e partícipe.
Nossas ações fiscais, mesmo no trânsito, quase sempre exigiam conclusões que nos obrigavam a verificar os livros fiscais das empresas, portanto tendo contato e passando a conhecer praticamente todos os contabilistas que atuavam na região.
E foi com um deles, Delcides Fonseca, bastante conceituado, sério e profissional competente, hoje atuando como conselheiro no conselho administrativo tributário do Estado de Goiás em Goiania, é que se sucedeu o que nos foi narrado pelo Paulo Sérgio, em uma partida de futebol entre um grupo de amigos.
Os famosos “rachões” ou peladas reuniam um grupo de trinta pessoas num campo de futebol soçaite, duas vezes por semana, para se divertirem. Ocorre que por haver muitas reclamações e discussões sempre escolhiam alguém para apitar o jogo, dentre os que estava de fora do comumente conhecido “dois ou dez” ( se um time fizer dois gols no outro mesmo que em curtissimo intervalo, o perdedor sai, o que também ocorre quando decorre os dez minutos, criteriosamente acompanhado e vigiado pelos que estão de fora).
Lá estavam, entre outros
Trabalhávamos, na década de noventa, Paulo Sergio Pereira de Freitas, Paulo Assakazo, Antonio Martins, Ademar Batista, Pedro Cascalho, Eu e diversos outros colegas, na região da delegacia fiscal de Goiás, ali tendo permanecido todos por um bom tempo.
Era e continua sendo uma ampla jurisdição, que à época abrangia cerca de vinte e cinco municipios, nela se incluindo o municipio de Itapuranga, local onde se sucedeu o nosso “causo” de hoje, o qual nos foi narrado pelo Paulo Sergio que dele foi testemunha e partícipe.
Nossas ações fiscais, mesmo no trânsito, quase sempre exigiam conclusões que nos obrigavam a verificar os livros fiscais das empresas, portanto tendo contato e passando a conhecer praticamente todos os contabilistas que atuavam na região.
E foi com um deles, Delcides Fonseca, bastante conceituado, sério e profissional competente, hoje atuando como conselheiro no conselho administrativo tributário do Estado de Goiás, em Goiania, é que se sucedeu o que nos foi narrado pelo Paulo Sérgio, em uma partida de futebol entre um grupo de amigos.
Os famosos “rachões” ou peladas reuniam um grupo de trinta pessoas num campo de futebol soçaite, duas vezes por semana, para se divertirem. Ocorre que por haver muitas reclamações e discussões sempre escolhiam alguém para apitar o jogo, dentre os que estava de fora do comumente conhecido “dois ou dez” ( se um time fizer dois gols no outro mesmo que em curtissimo intervalo, o perdedor sai, o que também ocorre quando decorre os dez minutos, criteriosamente acompanhado e vigiado pelos que estão de fora).
Lá estavam, entre outros
Trabalhávamos, na década de noventa, Paulo Sergio Pereira de Freitas, Paulo Assakazo, Antonio Martins, Ademar Batista, Pedro Cascalho, Eu e diversos outros colegas, na região da delegacia fiscal de Goiás, ali tendo permanecido todos por um bom tempo.
Era e continua sendo uma ampla jurisdição, que à época abrangia cerca de vinte e cinco municipios, nela se incluindo o municipio de Itapuranga, local onde se sucedeu o nosso “causo” de hoje, o qual nos foi narrado pelo Paulo Sergio que dele foi testemunha e partícipe.
Nossas ações fiscais, mesmo no trânsito, quase sempre exigiam conclusões que nos obrigavam a verificar os livros fiscais das empresas, portanto tendo contato e passando a conhecer praticamente todos os contabilistas que atuavam na região.
E foi com um deles, Delcides Fonseca, bastante conceituado, sério e profissional competente, hoje atuando como conselheiro no conselho administrativo tributário do Estado de Goiás, em Goiania, é que se sucedeu o que nos foi narrado pelo Paulo Sérgio, em uma partida de futebol entre um grupo de amigos.
Os famosos “rachões” ou peladas reuniam um grupo de trinta pessoas num campo de futebol soçaite, duas vezes por semana, para se divertirem. Ocorre que por haver muitas reclamações e discussões sempre escolhiam alguém para apitar o jogo, dentre os que estava de fora do comumente conhecido “dois ou dez” ( se um time fizer dois gols no outro mesmo que em curtissimo intervalo, o perdedor sai, o que também ocorre quando decorre os dez minutos, criteriosamente acompanhado e vigiado pelos que estão de fora).
Lá estavam jogando entre outros Paulo Sérgio e Delcides, sendo que esse tendo cometido uma falta mais dura, foi expulso pelo “juiz”, tendo então tomado uma atitude prá lá de inusitada: colocou a bola debaixo do sovaco e disse: “ se estou expulso, acabou o jogo, a bola é minha, tchau. ” inclusive saindo do campo Foi uma gritaria geral, tendo então o juiz pedido que ele devolvesse a bola para continuar o jogo e, ante a negativa o árbitro teve que o considera-lo “desexpulso” e o Delcides, feliz proprietário da “pelota”, podendo continuar a jogar satisfeito., Paulo Sérgio e Delcides, sendo que esse tendo cometido uma falta mais dura, foi expulso pelo “juiz”, tendo então tomado uma atitude prá lá de inusitada: colocou a bola debaixo do sovaco e disse: “ se estou expulso, acabou o jogo, a bola é minha, tchau. ” inclusive saindo do campo.
Foi uma gritaria geral, tendo então o juiz pedido que ele devolvesse a bola para continuar o jogo e, ante a sua firme negativa: "não, não e não", o árbitro teve que reconsiderar a sua decisão e se pronunciar: "sendo assim, se considere "desexpulso" e vamos continuar o jogo”, e o Delcides, feliz proprietário da “pelota”, e todos os demais puderam continuar a jogar satisfeitos.
José Domingos

terça-feira, 21 de setembro de 2010

É TRUCK OU É TÔCO ?


A grande preocupação que afligia boa parte dos fiscais arrecadadores que atuavam no transito até há bem pouco tempo, era logo no inicio do mês fazer o famigerado “teto”, assim entendido o valor que se tinha de alcançar de autuações para que se conseguisse receber o salário na integra.
Daí que conhecer a capacidade de carga de caminhões, do que fosse possível( se cereais quantos sacos ou toneladas, se tijolos quantas unidades,etc) era deveras importante pois, numa primeira olhada na nota fiscal e no caminhão já se poderia, em principio, perceber se continha alguma irregularidade.
Conforme contaram dois colegas (Alberto Alves Ferreira e Luis Alberto Pereira), a mesma história e do mesmo jeito, um terceiro colega, o Jackson Mattos, foi informado de que um caminhão se fosse “tôco” levava no máximo nove mil quilos e se fosse “truck” a sua capacidade já se estenderia para quinze mil quilos, entretanto, não lhe tendo sido informado a diferenciação existente entre um e outro caminhão..
Lá estava o colega no posto fiscal, inicio de mês, ele ansioso para “fazer o teto” e se garantir, eis que encosta um caminhão com diversas mercadorias do genero secos e molhados, cujas notas fiscais ele conferiu de forma detalhada.
Soma os pesos constante das notas fiscais , verificando que perfaziam doze mil e oitocentos quilos, Jackson olha uns cinco minutos para o caminhão pensativamente e então para o motorista e pergunta: “é truck ou é tôco?”, o motorista o olha surpreso e não responde, sendo a pergunta refeita: “é truck ou é tôco?”, tendo então o motorista lhe respondido já irado: “pôxa você é fiscal ou não é,? não sabe distinguir um truck dum tôco. Carimba logo essa nota e deixa eu ir embora, vá aprender a diferença para, das outras vezes você já saber”

José Domingos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

AH BOM, PENSEI QUE FOSSEM CARIOCAS!


Em nosso trabalho de auditoria muitas vezes nos deparamos com empresas que, possuindo filiais neste Estado tem suas matrizes em outras unidades da federação, ou vice versa, impondo se assim, que para a conclusão total e melhor dos levantamentos, tenhamos que manusear também livros e documentos que se acham distantes, portanto tendo que fazer o deslocamento.
E foi numa fiscalização de uma empresa nessa situação, que o Jose Cesar Gondim Melo e o Alberto Alves Ferreira(que foi quem me narrou o fato, depois confimado pelo autor e protagonista do nosso “causo” de hoje) tiveram que se deslocar para o estado do Paraná, onde se encontra instalada a matriz para dar prosseguimento na auditoria iniciada.
Lá chegando conforme é de praxe em situações dessa natureza, primeiro procuraram o fisco paranaense para pedir o apoio em razão e para atender convenios existentes entre unidades da federação.
Conduzidos à sala do chefe do departamento de fiscalização estadual paranaense, coube ao colega auditor José Cesar fazer a apresentação, assim procedida: “nós somosss do fisco de Goiássss, esssste é o Alberrrrto e eu sou o José Cesarrrrr”. Tanto o Alberto quanto o colega paranaense estranharam a pronúncia, fazendo inclusive com que esse último, o olhasse meio que interrogativamente e perguntasse: “ de onde mesmo são vocês ?”, sendo repetido por José Cesar serem eles de Goiás, obteve um: “ ah bom, pensei que fossem cariocas.”
José Domingos

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ISSO TUDO SEU FERREIRA?


Infelizmente, um dos grandes vícios que assolam os mais antigos integrantes do fisco, é o alcoolismo, talvez levados pelas longas jornadas distantes da familia e em lugares ermos, muitas vezes sozinhos, daí para se tornar um alcoolatra é um passo.
Conheci em minhas andanças por diversas partes deste estado, postos fiscais que quando você ali chegava, podia procurar amoitado nas proximidades que lá estava um bom estoque de aguardente, quase sempre litros e mais litros da conhecida 51, muitos colegas tendo se enveredado por esse caminho sem volta, tendo eles perecidos ainda novos, levados pelo desbragado consumo do alcool.
O nosso “causo” de hoje, contado pelo próprio protagonista, se passou com um colega a quem vamos chamar apenas de Ferreira, que tendo ido trabalhar em um posto fiscal na região sudoeste do Estado, lá se achou sozinho, sem uma viatura e sem qualquer boteco por perto.
Tendo que ficar dez dias corridos naquele chapadão de terra vermelha, acostumado ao consumo de altas doses diárias da “marvada branquinha”, no segundo dia ele já estava quase que em crise de abstinencia, suando frio e tremendo, tamanha era a necessidade de ingerir sua dose diária do “combustível” que, de há muito, era a força motriz que o empurrava para frente.
Na madrugada do terceiro dia, passando por ali uma camionete de um leiteiro ele o indagou como fazer para tomar um “mézinho” , tendo aquele lhe informado que o armazém mais perto distava mais de sessenta quilometros do posto, deixando assim o
Ferreira quase que em estado de prostação e desanimo. Eis que duas horas depois, passa por ali um cavaleiro e ele faz a mesma indagação, tendo tido melhor sorte quanto ao seus propósitos, já que o seu interlocutor disse que a cerca de dois quilometros dali, existia uma fazenda onde tinha um alambique, e que por certo ele adquiriria lá o produto para atender ao seu vicio.
O sol ainda estava espantando suas remelas, e ele se pos a caminho rumo à fazenda, demorando pouco mais de meia hora para lá chegar. Se sentiu no paraiso, pois imensos tonéis de quinhentos litros de aguardente se espalhavam pelo local, de pronto, tendo ele sido servido de uma talagada, copo cheio, graciosamente oferecido pelo proprietário, a qual sorveu em duas grandes goladas. Gastou pouquissima conversa e logo adquiriu um litro do precioso líquido e se pôs a caminho, de volta ao posto. No decorrer dos dois quilometros foi consumido quase que todo o aguardente, pois quando chegou ao seu local de trabalho, no fundo do litro restava pouco mais do que um dedo do produto.
Na parte da tarde sentindo que o organismo ainda se ressentia pela falta de consumo, retorna ele à fazenda e adquire dois litros, tendo esses durado até a manhã seguinte.
Ainda escuro, cerra as portas do posto e, olha ele de novo, caminhando rumo ao alambique, inclusive lá tendo que esperar quase que meia hora, pois o proprietário ainda não havia assumido suas obrigações diárias. Matutando, olhando para os grandes e vistosos tonéis repletos da “água que passarinho não bebe”, teve uma idéia e tão logo o dono chegou ele lhe perguntou: “ se eu lhe comprar, o senhor tem condições de me mandar um tonel desse lá para o posto?”. Ante a consulta meio inusitada, o alambiqueiro lhe respondeu, perguntando: “uái o senhor vai abrir um boteco lá?”, no que o Ferreira lhe respondeu: “ não. É para consumo próprio, e imediato,é que já estou cansado desse ir e voltar, pôxa!. Toda vez que eu chego lá eu já bebi o que eu comprei!”. O alambiqueiro, abismado, não se conteve: " issssso tudo seu Ferreira, quinhentos litros?"
Se o fabricante vendeu e se ele consumiu tudo, ele não contou, só se sabe que felizmente, hoje, o Ferreira exceto uma ou outra pequena recaída, não mais consume alcool de forma tão descomedida, inclusive tendo melhorado até mesmo o seu as, pecto físico, pois se naquele época o seu aspecto era de um velho de quase noventa anos, agora voltou a aparentar só uns setenta, embora só conte com meio século de existencia.

José Domingos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FÉRIAS NA PRAIA


Certa feita uma turma de entusiasmados auditores fiscais da nossa turma de 1984,partiu rumo ao litoral, dela fazendo parte dentre outros, o protagonista do nosso “causo” de hoje, de prenome José, bem como João Neto e José Cesar Gondim Melo, acompanhados das respectivas familias.
Tendo optado por Porto Seguro, a viagem foi uma farra só, pois conforme é o normal gastaram dois dias para chegar ao destino, isso após cortarem o distrito federal e também Minas Gerais.
Após a chegada, colocados os respectivos trajes de banho, tendo o principal personagem do nosso “causo” se separado das inseparáveis botinhas de cano curto e da imensa bolsa que conduz, isso após instalados em suas acomodações alugadas para a temporada de dez dias situadas bem próximas da praia, para lá acorreram todos, ansiosos para se banharem no mar, outros se instalaram debaixo de convidativas sombras de coqueiro, como foi o caso do João Neto, de longe observando o movimento dos banhistas, bem próximo da barraca do gaúcho.
E foi o João que embora não desse manifestação, por se achar distante, quem percebeu que o José, levara uns tres tombos de umas ondas que o pegara desprevenido, uma atras da outra, mesmo com brevissimo intervalos,deu para se perceber que a cada levantada ele olhava desconfiado para ver se alguém havia visto suas quedas não tendo notado, entretanto, que João Neto fora espectador de tudo, porém esse nada disse ao José do que havia presenciado. Segundo souberam depois, através de um banhista que estava próximo, no momento do primeiro tombo o colega José afobado levantou e antes que viesse o segundo, assim disse: “êita águinha braba essa, sô!”
À noite sentados em círculo, com alguém do grupo dedilhando um violão, eis que parodiam uma canção, pois cantaram assim: “Zé Matuto foi a praia, só prá vê cumé quié, entrou na água levou tombo, rolou, ralou, ficou de pé....”, o nosso protagonista ficou uma fera, querendo saber quem fora o engraçadinho que assistira e depois dera divulgação do acontecido, porém tudo terminando em farra e numa tremenda gozação que atravessou os tempos e até hoje ainda é contada por alguns colegas que souberam do fato, tanto que o mesmo me foi agora repassado pelos colegas Brasil Gondim e Ewaldo Junior, bem como, confirmado junto ao José Cesar, aliás, protagonista do nosso "causo" pega ladrão de dois dias atras.
José Domingos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

TÁ A DISPOSIÇÃO

O colega Luis Alberto Pereira tem se tornado um inestimável colaborador do Auto de Informação, pois volta e meia ele se lembra de um acontecimento divertido pelo qual tenha passado algum colega.O “causo” de hoje, por ele narrado, aconteceu em idos tempos quando os postos fiscais eram dotados das mais precárias instalações( mudou alguma coisa de lá para cá? Se mudanças houveram, poucas foram) e tendo um colega de apelido Leréia ficado sózinho no posto fiscal de Jaraguá, quando sequer tinha energia na repartição, a mesma à noite, sendo iluminada por lampiões.Naqueles tempos apesar da pouca distancia da capital, as escalas eram de dez dias corridos, portanto a partir do sexto dia ali sozinho, o Leréia já estava bastante baqueado, e como o movimento noturno por aquelas estradas ainda sem asfalto era pouco, ele colocou a luminosidade do lampião no mínimo e caiu no sono. Lá pelas tantas acordou ele com tapas no balcão do posto, partidos de um irado motorista que esbravejava: “acorda fiscal, eu preciso carimbar a minha nota”, no que o Leréia, bastante sonolento resmungou lá do seu canto: “ você não está vendo o carimbo ai pendurado?. Tá a sua disposição. Aplique ele na sua nota e se mande”. Resmungando impropérios o motorista viu o arranjo que o fiscal havia feito para dormir tranquilo: pois dependurado por um elástico o carimbo de uso pessoal do Leréia se achava ali ao alcance de quem dele quisesse fazer uso.

José Domingos

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PEGA LADRÃO !


No nosso ambiente de trabalho de fiscalização quase todos os integrantes do quadro já passaram ou, no mínimo, tiveram noticias do ambiente de camaradagem que impera entre os integrantes de equipes que atuam no trânsito, inclusive daí advindo muitos apelidos, alguns bastante conhecidos como: Luzinho da máquina registradora ( com o desaparecimento desse equipamento o apelido ficou, não tendo ele sido elevado para Luizinho do ECF), Ligeirinho, Vaca Braba, Carlão, Zé Povim e tantos outros.
O nosso “causo” de hoje se passou com esse último, José Cesar Gondim de Melo, o Zé Povim,aliás um dos auditores mais bem qualificados, honestos e de iniciativa de que dispõe o fisco goiano, tendo se dado quando ele ocupava a função de supervisor fiscal de Goiania.
Assim lá estava ele, certa feita querendo chegar ao fim de um trabalho de auditoria daqueles para os quais é sempre lembrado, perigoso e difícil de ser desembaraçado, para tanto havendo convidado um dos sócios da empresa fiscalizada, para lhe mostrar o que fora constatado de irregularidades na sua escrita fiscal, todos muito atentos e tensos, uma vez que do resultado do trabalho de levantamentos redundava em uma alta soma de impostos sonegados a serem recolhidos aos cofres públicos.
Como o Zé Povim já tinha dado todos os detalhes do seu brilhante trabalho e mostrado que ele finalizava em elevados valores que deixaram de ser recolhidos, o contribuinte em um ato de precipitação arrancou todos os papéis das mãos daquele e saiu em dsabalada carreira pelo corredor da delegacia rumo à rua, com o Zé Povim ao seu encalço, bem como o vigilante da repartição.
Vendo aquele alvoroço, a colega Olga Florinda também aderiu à carreira em perseguição ao fujão. Sendo que enquanto assim o fazia, ela gritava a plenos pulmões : pega ladrão, pega ladrão!. Entretanto não tendo eles logrado êxito na captura, pois se esgueirando perigosamente, entre carros em movimento, o empresário desapareceu de suas vistas, conduzindo os papéis subtraídos, dando o maior trabalho para o Zé Povim que teve refazer a todo o serviço.
José Domingos

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ÔCÊIS ME VENDE ESSE CARTÓRIO?


Todos os que já trabalharam em postos fiscais conhecem algum tipo de história que, tal e qual rastilho de pólvora, se alastra pelo nosso meio como se a maior das verdades sendo, embora não se possa ter comprovação do acontecimento.
Um das que já vem se tornando lenda em nossa meio é a de que, num posto fiscal no nordeste goiano pelos idos da década de oitenta, de grande movimentação, nisso se incluindo uma arrecadação diária de vultuoso volume de dinheiro, certa feita um simplório e rico fazendeiro por lá permaneceu durante todo o dia, “assuntando” como ficava, a cada hora, mais cheia a gaveta do caixa, pois era só dinheiro que entrava.
Por mais uns dois dias lá esteve ele, sempre de olho na intensa movimentação financeira, tendo despertado a atenção dos servidores, um deles inclusive o interpelando o por que daquela “campana”, no que o fazendeiro no meu modo bem típico respondeu: “uái sô, eu tô já tem tres dias observano o movimento desse cartório docêis. Como já tenho dois fios na idade de trabalhá e são mais letrados do que eu, tô querendo negociá cóssêis. Ôcêis num vende esse cartório não?”.
O fato mais hilário é que, segundo se conta, o servidor( cujo nome se conta mas, à falta de comprovação, por razões óbvias vai aqui omitido), de fato, vendeu o posto fiscal, não se tendo, entretanto, notícias quanto a desenrolar subsequente, se houve ou não alguma medida punitiva em relação ao espertalhão que vendeu e se ele restituiu o dinheiro do inocente comprador.
José Domingos

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ESSA QUEM PAGA É O KUBITSCHEK


Nas nossas labutas diárias muitas foram as situações que se fixaram em nossas memórias e que, quando relembradas ainda nos fazem rir, pois boa parte delas, não obstante o cansaço e desgaste físico de longas jornadas, sempre trazem uma boa pitada de humor.
Com isso me veio á memória uma ação fiscal em que nos achávamos, o Sebastião Araujo, o Paulo Assakazo e Eu que, em função de uma denúncia anônima estávamos em alta madrugada numa estrada vicinal no municipio de Faina, à espera de um caminhão carregado que, segundo o nosso informante, embora estivesse acompanhado de uma nota fiscal de milho (cujo ICMS era baixíssimo) a quase totalidade da carga seria de feijão, com apenas algumas sacas do produto para o qual fora emitida a nota fiscal.
Nem de longe a aurora ainda não se fazia anunciar no horizonte, eis que lá longe desponta o caminhão que, abordado e solicitada a nota fiscal essa era mesmo de milho, Teve então a sua carga conferida, sendo que tão logo se meteu o chucho no meio dos sacos, esse na sua volta veio cheio de feijão, causando um profundo nervosismo no Kubitschek, o proprietário da carga que a acompanhava, nosso velho conhecido de muitas outras ações fiscais.
Considerando que o melhor local para uma conferencia mais detalhada de toda a carga seria O onde fosse melhor iluminado, e como o destino dela constava Sâo Miguel do Araguaia, sem que desviasse de sua rota, os fizemos nos acompanhar até o posto da policia rodoviaria de Araguapaz.
Perguntado quantos sacos de feijão havia no meio da carga, mais do que candidamente o Kubitschek respondeu: “ em nome de Jesus, só tem setenta sacos”, no que não acreditamos e tivemos que descarregar a carga toda( isso feito por nós, pois chapa o Estado não nos disponibilizava), sendo que contamos 173 sacos de feijão, sendo o restante de milho que cobria a carga pelo lado de fora.
Tendo então sugerido ao proprietário da carga que não utilizasse o nome do Filho de Deus em vão, principalmente em suas trapalhadas, ao mesmo tempo em que recusei receber um cheque de sua emissão para quitar o auto de infração, pois num passado recente ele havia me dado muito trabalho com um outro cheque por ele emitido para quitar débitos também em ação fiscal.
Ante a recusa do seu cheque, o autuado então propôs que recebessemos um de emissão de uma pessoa residente ali em Araguapaz, o que assentimos após, via telefone, acordar e consultar o chefe da agenfa local se daquela pessoa ele acolhia o cheque para o devido recolhimento no que aquele concordou, tendo então o Paulo Assakazo levado o dono da carga para apanhar o cheque .
Ali enquanto o amigo de Kubitschek emitia a ordem de pagamento em favor da sefaz, Paulo observou que existia um corredor paralelo à residencia e, lá no fundo um imenso galpão, o que lhe despertou a curiosidade, principalmente pela relação dos envolvidos, portanto devendo ser de atividades comerciais idênticas..
No outro dia após efetuar o recolhimento, já tendo o caminhão de feijão seguido o seu destino, o Paulo mais o Sebastião Araujo se deslocaram incontinentimente para o local onde o primeiro estivera na madrugada anterior. Ali notou que o portão estava aberto e percorrendo o corredor adentrou ao galpão onde cinco pessoas trabalhavam, constando que o local armazenava dois trezentos e oitenta sacos de feijão totalmente sem cobertura de documento fiscal.
Após a longa argumentação que se procede nesses casos, tão comum aos “comandeiros”, outra opção não coube ao proprietário do que assinar o auto de infração, não sem antes vociferar um sem número de impropérios contra o seu colega do ramo, sendo que na despedida, segundo me narrou à época os colegas, ele assim se manifestou: “essa quem paga é o Kubitschek!”

José Domingos

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PARAR PRÁ QUE? VAMOS É CORRER !


As pessoas da minha geração foram formadas e criadas num contexto bem diferente do atual, em que predomina o video game, a internet e a sua variedade de opções que inserem as crianças num mundo virtual, bastante diversificado, ao passo que naquela época as novidades que prendiam a nossa atenção eram outras bem diferentes e reduzidas.
No nosso tempo uma das maiores diversões eram as rodas noturnas em volta de fogueiras ou às portas das casas, ocasião em que os “causos” principalmente de assombrações faziam o maior sucesso.
Assim, muitas fomos, as pessoas, que interiozamos aquelas fantasias como que se reais, carregando nossos medos e fantasmas incutidos em nossas memórias desde a infância, algumas tendo enorme dificuldades em abandona-las e viver o mundo concreto e cotidiano, onde não existem espaços para seres e criaturas que o imaginário popular trabalhava nas mentes das crianças.
Existindo na chegada da cidade de Goiás uma curva onde hoje se situa um hotel fazenda e tendo ali muitas pessoas perecidas em acidentes de trânsito, o local para os que conhecem tal trágido passado desperta temores nos mais assombrados, principalmente no período noturno, já que a noite sempre foi associada aos momentos em que os assombrosos seres e fantasmas perambulam pelo nosso mundo. Tanto que certa feita estávamos ,o colega Antonio Martins, o sargento Eduardo e Eu retornando de uma blitz, quando ao passarmos por ali vimos uma mulher à beira da estrada caminhando sozinha em alta madrugada , com as mãos juntas à frente e que mesmo com o farol do carro a clareando, seguiu o seu rumo sem sequer se voltar para qualquer dos lados, nos deixando encabulados com o que vimos.
Eis que passado um certo tempo, em uma noite chuvosa estávamos eu e um colega auditor passando pelo mesmo local, quando vimos um clarão mais ou menos de uns vinte metros de altura, que iluminou tudo em volta, nos deixando surpresos e assustados, como era o colega que estava dirigindo o meu primeiro instinto foi lhe dizer: “pára, pára o carro “, obtendo como resposta:” para prá que?, vamos é correr”. Assim falado e assim acontecido, pois mais do que depressa nos afastamos em boa velocidade, nunca tendo sabido direito o que vinha a ser aquele acontecimento.
Hipóteses existem de que possa ter sido o chamado fogo fátuo, que a decomposição de seres ou plantas em algum tipo de situação geográfica propicia, muito embora ali ela não se enquadre nas que estão sujeitas a isso, pois a sua constância se verifica em uma regiões pantanosas, ou então uma inflamação espontânea de gases emanados de sepulturas que , se existentes pelas cercanias, mais aumenta o mistério do que, por ali se sucede.
José Domingos

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

SEM DIREITO DE QUALQUER RECURSO


Nas nossas atividades diárias, até bem pouco tempo atras tínhamos que atuar não só na fiscalização que nos é pertinente mas também como motoristas, o que aliás ocorre até hoje para os colegas que estão no comando volante, já que o governo não disponibiliza condutores para dirigir as viaturas da secretaria da fazenda em nossas ações fiscais, salvo raríssimo casos.
Muitas vezes quando algum colega tem que resolver uma situação até mesmo de risco, ele o faz sozinho, tendo como protetor apenas Ele, o Criador, que aliás é o maior guardião de todos nós. E foi assim que, certa feita o colega Rubens Marinque, atuando sozinho, ao deixar a viatura estacionada para efetuar o seu trabalho, quando retornou essa havia sido furtada e até hoje não se soube o destino a ela dado.
Não obstante o zelo e a devida precaução dispensada pelo “Rubinho” à viatura, ele se viu sendo acionado na justiça para reembolsar ao Estado o prejuizo decorrente daquele furto, processo esse que já trâmita há mais de uma década, motivo do nosso “causo” de hoje.
Corria o ano de 2005 e sendo o primeiro dia do mês de abril, conhecido de todos como o dia da mentira, antes que o “Rubinho chegasse à sua sala de trabalho, compartilhada com os colegas: Natanael Leal e Biracy de Souza Campos Meirelles, preparei uma sentença falsa condenando o colega pelo sumiço da viatura e pedi que a colega Pollyanna do setor de protocolo a entregasse tão logo ele aparecesse para trabalhar. Dito e feito, ao abrir o envelope e ler a setença que dizia: “ fica o responsável pela guarda da viatura quando do seu furto, obrigado SEM DIREITO DE IMPETRAR QUALQUER RECURSO, a promover o pagamento em vinte quatro horas, sob pena de ver sequestrados seus vencimentos na Sefaz até que se complete o valor do bem subtraido quando sob seu poder”.
Não obstante o tamanho estapafúrdio da suposta sentença, o nervosismo tomou conta do “Rubinho” que somente após muita insistencia do Natanael é que foi demovido de sair correndo para o sindifisco, a fim de verificar qual a medida juridica a ser tomada, se isso fosse possível, já que ele só mirava no “sem direito de impetrar qualquer recurso”, após eu haver me identificado como o autor da brincadeira ele riu muito e se sentiu aliviado, embora esse encargo injusto ainda esteja pendente sobre os seus ombros até hoje, sem que o processo tenha chegado ao seu final.

José Domingos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O NOME NA CUMBUCA


O pessoal do fisco, embora em pequena quantidade, acostumado que está a uma faixa salarial que permite uma vida confortável, volta e meia, em razão disso mesmo e de gastos exagerados, se veem em dificuldades financeiras, em idos tempos recorrendo a agiotas particulares e se enredando num emaranhado sem fim, com as dívidas se acumulando e acarretando muitas dores de cabeças, o que hoje foi quase que totalmente substituido pela agiotagem oficial através dos empréstimos consignados com desconto direto na folha de pagamento..
Felizmente, a quase totalidade dos que outrora se viram quase que “quebrados”, hoje se acham em uma situação mais tranquila, pois praticamente todos conseguiram dar a volta por cima, e que por possuirem uma boa renda salarial não tiveram que fazer o que a maioria dos falidos fazem: comprar uma mala e ir para Lins( não a cidade do estado de São paulo mas Lugar Incerto e Não Sabido).
E foi assim que certa feita, quando tivemos uma das mais baixas remunerações da história do fisco goiano, um colega então morador de Itapuranga, que tendo buscado empréstimo a uma infinidade de agiotas ,e outras dívidas a começar do supermercado, do picolezeiro, do açougueiro, do verdureiro, etc, (quase cinquenta pessoas) se viu em sérios apuros, não lhe restando outra decisão do que a de reunir todos os seus credores e lhes fazer a seguinte proposta: mensalmente vou colocar o nome de todos vocês numa cumbuca e vou sortear dois, os quais farei o pagamento, só do principal, assim dentro de no máximo dois anos estarei quites com todo mundo.
Foi uma chiadeira geral, pressões, ameaças, porém ele se manteve firme e conseguiu firmar o acordo. Decorrido já quase um ano, um dos credores nervoso com a demora, por que ainda não fora sorteado e pago, o interpelou querendo receber o que o colega auditor lhe devia. Este bastante sério, quase cerimonioso retrucou:- “acordo é acordo. Acho bom você não ficar me amolando, senão, nem o nome seu, na cumbuca, eu coloco mais. Certo?”.

José Domingos

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

EU PARTICIPEI DO FILME DO PEDRO


Num universo em que gravitam mil pessoas, na ativa, é mais do que certo que existam os mais diferente hábitos, costumes e lazeres diferenciados.
Existe até mesmo um campeão brasileiro de sinuca, o Jacireno, os pescadores, os peladeiros que se arvoram em craques, os colecionadores de orquídeas e muitos outros passatempos.
Também sendo contados às dezenas, no nosso meio fiscal aqueles com pendores para as mais diversas artes, desde escritores, pintores, cineastas, inventores, músicos( eximios tocador de violão, vide Wesdarley, de teclado, vide Filovaldo), e tantos outras artes.
Hoje o nosso “causo” envolve a chamada sétima arte, da qual temos um grande e dedicado entusiasta , que em razão disso, passou a incorporar ao seu nome a designação dessa bela atividade, pois de todos é conhecido como “Pedro Cineasta”, já que, no fisco, dificilmente alguém, se o chamarmos pelo seu nome de registro, Pedro Augusto de Brito, conseguirá asssociar o nome à sua pessoa.
O Pedro que, salvo engano, iniciou a sua carreira paralela, com um filme chamado os ventos de Lizarda, quando trabalhava em Goiás no comando volante, estava últimando uma nova produção cinematográfica, oportunidade em que tinha o auditor Jaime Carlos, como parceiro das atividades diárias.
Na nossa república local passamos a observar que, quase todos os dias quando terminavam as atividades, o Pedro e o Jaime entravam no carro particular, ora de um ora de outro e sumiam só retornando altas madrugadas , aguçando a nossa curiosidade pois não estavam a serviço, já que este é correto ser desempenhado usando a viatura oficial caracterizada, redundando em que o interpelássemos para nos contar os que estavavam fazendo.
Quando assim o fizemos, o Jaime nos respondeu de forma bem alegre e satisfeita: - “Nós temos ido a Anapólis quase todas as noites, por que o Pedro está concluindo o seu novo filme, Eu nem conto prá vocês, estou participando dele”.
Que bom, foi a resposta de quase todos, porém o indagamos: “ Jaime, qual o seu papel nesse novo longa metragem?”, no que ele do que satisfeito nos informou: - “quando vocês verem o filme, reparem numa cena em que uns trinta cavaleiros galopando chegam até um rio e descem. Atentem para a fala do oitavo que se aproxima do rio. Fui eu que dublei a voz dele”.
José Domingos

EU PARTICIPEI DO FIME DO PEDRO


Num universo em que gravitam mil pessoas, na ativa, é mais do que certo que existam os mais diferente hábitos, costumes e lazeres diferenciados.
Existe até mesmo um campeão brasileiro de sinuca, o Jacireno, os pescadores, os peladeiros que se arvoram em craques, os colecionadores de orquídeas e muitos outros passatempos.
Também sendo contados às dezenas, no nosso meio fiscal aqueles com pendores para as mais diversas artes, desde escritores, pintores, cineastas, inventores, músicos( eximios tocador de violão, vide Wesdarley, de teclado, vide Filovaldo), e tantos outras artes.
Hoje o nosso “causo” envolve a chamada sétima arte, da qual temos um grande e dedicado entusiasta , que em razão disso, passou a incorporar ao seu nome a designação dessa bela atividade, pois de todos é conhecido como “Pedro Cineasta”, já que, no fisco, dificilmente alguém, se o chamarmos pelo seu nome de registro, Pedro Augusto de Brito, conseguirá asssociar o nome à sua pessoa.
O Pedro que, salvo engano, iniciou a sua carreira paralela, com um filme chamado os ventos de Lizarda, quando trabalhava em Goiás no comando volante, estava últimando uma nova produção cinematográfica, oportunidade em que tinha o auditor Jaime Carlos, como parceiro das atividades diárias.
Na nossa república local passamos a observar que, quase todos os dias quando terminavam as atividades, o Pedro e o Jaime entravam no carro particular, ora de um ora de outro e sumiam só retornando altas madrugadas , aguçando a nossa curiosidade pois não estavam a serviço, já que este é correto ser desempenhado usando a viatura oficial caracterizada, redundando em que o interpelássemos para nos contar os que estavavam fazendo.
Quando assim o fizemos, o Jaime nos respondeu de forma bem alegre e satisfeita: - “Nós temos ido a Anapólis quase todas as noites, por que o Pedro está concluindo o seu novo filme, Eu nem conto prá vocês, estou participando dele”.
Que bom, foi a resposta de quase todos, porém o indagamos: “ Jaime, qual o seu papel nesse novo longa metragem?”, no que ele do que satisfeito nos informou: - “quando vocês verem o filme, reparem numa cena em que uns trinta cavaleiros galopando chegam até um rio e descem. Atentem para a fala do oitavo que se aproxima do rio. Fui eu que dublei a voz dele”.

José Domingos

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

RECLAME AO BISPO


O nosso “causo” de hoje foi contado pelo colega Luis Alberto Pereira que tem revelado possuir uma prodigiosa memória pois, volta e meia, ao citar alguma situação na sala em que trabalhamos, ele logo a relaciona com alguma passagem da qual participou, ou então que tenha tomado conhecimento.
Assim é que, ontem quando o Brasil Gondim reclamou precariedade dos nossos equipamentos de trabalho que, dia sim e outro também estão enguiçados, com a internet quase sempre fora do ar, instrumento do qual somos hoje mais do que reféns, por imprescindível na execução das nossas atividades, recebi mais uma de suas contribuições para a publicação do auto de informação.
Ao responder à reclamação do Brasil, usei de um velho chavão de que, à falta de quem reclamar que se faça isso ao bispo, utilizei o nome do nosso arcebispo dom Washington, para quem ele então dirigisse as suas queixas em busca de solução, tendo o Luis Alberto prontamente me contado uma hilária situação que se passou na secretaria de planejamento, onde todos estavam ansiosos à espera da liberação de um financiamento do banco mundial, uma vez que o governo necessitava urgentemente( o que nunca foi novidade) de recursos novos para custeio da máquina pública.
Nesse espera interminável, eis que num belo dia quando a secretária do gabinete do titular da pasta atendeu ao telefone e perguntou quem estava falando ouviu: - “É dom Washington”. Foi uma corrreria só e um desespero para encontrar alguém que falasse inglês, pois quem estava do outro lado da linha era o arcebispo, porém na tensão da espera, a moça entendeu “ é de washington” e não “dom Washington.
Tendo conseguido uma pessoa que conhecesse bem a lingua americana, esta cheia de pompa se postou ao aparelho e sapecou: - “ Hellow. Good morning. Who is speaking?, deixando dom Washington atônito do outro lado da linha, sem conseguir entender por que o diálogo estava sendo iniciado em ingles.
José Domingos