terça-feira, 26 de outubro de 2010

QUEBRANDO AS INSTALAÇÕES DA FILIAL


No nosso meio, talvez em razão de se passar longas temporadas longe de casa, embora isso não se justifique, faz com que muitos integrantes do quadro, coloquem as “unhinhas” de fora, e lá fora, deem os seus “pulinhos fora”.
Assim foi com um nosso colega, hoje já aposentado, que tendo sido designado para trabalhar em Catalão, depois de algum tempo, notou que uma mulher, colega de trabalho, desimpedida, estava lhe dando bolas, embora no começo ele se sentisse impedido, pois por ser casado, sentia algum remorso de trair a mãe dos seus filhos e fiel companheira. Com o passar do tempo e continuando o flerte ele se entrega a atração que, logo se transforma em amancebamento, com ele tendo montado casa mobiliada para a nova companheira e filial. Como é comum nesses casos, o assunto extrapolou os limites das terras catalanas e aqui ecoando nos ouvidos de sua esposa que, após várias informações um dia resolveu tirar a limpo a história que tinha nome e endereço completo. Como a casa da amancebada era perto da delegacia fiscal, o colega guardava o seu carro no estacionamento da repartição e se dirigia a pé, para os momentos de prazer nos braços da amante. Portanto, enquanto a sua paixão estava em um supermercado próximo, lá estava ele indolentemente balançando numa rede na varanda quando, ao longe, viu apontar um carro que logo identificou como o da sua esposa. Mais do que depressa, sorrateiramente, se esgueirou para dentro de casa e se refugiou debaixo da cama.
Estacionando o carro à porta, após muito chamar, a esposa do colega foi adentrando à casa e, na sala, se deparando com muitas fotografias do seu marido nos braços da amante, fazendo com que enfurecida promovesse um verdadeiro quebra-quebra de televisor, sofá, aparelho de som, pratos, cadeiras, enfim quase nada tem sido deixado inteiro no local, e ele, encolhido debaixo da cama, torcendo para que ele não o descobrisse, o que realmente não se deu. Após feito o “serviço” não tendo localizado o colega, sua esposa retornou para Goiânia e só após muito tempo é que ele, ressabiado se aluiu de debaixo da cama, tendo que encarar os muitos vizinhos que se achavam à porta, curiosos, olhando os estragos promovidos pela sua companheira oficial.
Se a situação foi totalmente contornada em casa não se sabe, porém o fato é que ele pediu transferência de Catalão e lá não mais retornou, antes de sua saída, porém tendo tido o cuidado de pedir que se removesse um banco por ele doado, que assentado numa praça próxima da casa onde viveu quentes momentos, identificava o doador, em seu encosto, em grandes letras : “um oferecimento à comunidade, de fulano de tal e esposa” , o que, por certo, não se referia àquela que um dia o acompanhara até ao altar, com mútuas promessas de fidelidade e amor eterno, e sim à teuda e manteuda que, por um bom tempo, o acolheu e o aqueceu entre seus braços.
José Domingos

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