quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A PRAGA !!!


Muitas vezes as pessoas sugestionáveis, quando influenciadas por algum tipo de situação, passam a acreditar e sentir todos os sintomas do que lhe foi repassado, principalmente aqueles que creem em mau-olhado, feitiços e pragas.
Quem nos contou o “causo” de hoje foi o Divino José, tendo isso se dado quando ele trabalhava na delegacia fiscal de Iporá. Estando a equipe de fiscalização de transito em uma grande blitz no posto fiscal de Aragarças, localizado ao lado da ponte que separa o estado de Goiás com o Mato Grosso, todos os veiculos que por ali trafegavam eram parados e vistoriados na busca por mercadorias sem documentação fiscal.
Longe já ia a noite, quando abordaram um veículo volkswagem modelo voyage e pediram à condutora que abrisse o porta molas, feito isso depararam com uma enorme quantidade de confecção desacobertada de documentação fiscal.
O chapa de nome Alcides, que até hoje ainda trabalha no mesmo local, procedeu a contagem e separação da mercadoria, portanto ele ficando em contato mais direto com a proprietaria da mesma, sendo que a todo minuto, como é comum nesses casos, ela lhe solicitava que a deixasse ir embora sem qualquer conclusão da ação fiscal. Finalizado o trabalho foi lavrado o auto de infração, o que também liberou a contribuinte essa, irada, antes de ir embora jogou um praga no Alcides: “ esse aí que foi quem contou as roupas, nunca mais vai ser o mesmo, pois de hoje em diante, ele vai ficar “broxa”.
Tão logo a mulher partiu para o outro lado da ponte, já que era moradora a pouco mais de um quilometro dali, no município de Pontal, quem fica entre Aragarças e Barra do Garças, um dos funcionários do posto a conhecia, disse para o Alcides que ele estava “ferrado” com a praga, pois a mulher era uma conhecida fazedora de bruxarias, portanto ele nunca mais “daria no couro”.
No outro dia lá já quase na hora do almoço, quando todos se levantaram, eis que chega o Alcides que era e ainda é morador daquela cidade fronteiriça, que descabreado chamou o colega que conhecia a autuada da noite anterior e lhe confidenciou: “ aquela mulher é mesmo uma bruxa das fortes. Essa noite por mais que eu tentasse, não consegui nada, como se aquela parte do meu corpo tivesse morrido. Preciso que você me dê o endereço dela que eu tenho que ir lá, prá ela desfazer a praga, senão eu “tô mesmo ferrado”, se ela cobrar eu até pago uns trocados, o que não posso é ficar broxa, me ajuda!”.

José Domingos

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