sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A IDA AO MÉDIICO


Mais um dos “causos” que nos foi relatado pelo Robertinho, que estando trabalhando no comando volante com um colega nosso, auditor fiscal II de ascendência nipônica, certa feita notou que o colega estava taciturno, contrariamente ao que sempre demonstrava, de ser uma pessoa comunicativa, falante e bem alegre.
Optando por acompanhar o mutismo do colega e amigo que era por todos chamado amigavelmente de “Japinha”, Robertinho se concentrou em dirigir, também calado, até que a certa altura da viagem, o silencio foi quebrado, pois relutantemente “Japinha” lhe disse: “é Robertinho, na semana passada fui a médico.”, diante da economia de palavras, ele só obteve um - ah, foi?, mais alguns quilometros rodados e a conversa se reinicia: “ pois é, fui a um proctologista”, dessa vez o Robertinho foi um pouco mais longe: “ e aí, como foi o exame?”, no que o “Japinha” quis desabafar e contar toda a experiencia ali vivida: “ olha Robertinho, foram alguns colegas da delegacia de Morrinhos que me indicaram, um tal de doutor Pitaluga. Acho que de gozação. Rapaz, quando lá cheguei e vi o gigante com mais de dois metros de altura, já corri o olho para a sua mão, você precisa ver a grossura do seu dedo, com o qual ele fez o toque necessário para o exame de prostáta. Suportei estóicamente, até com lágrimas nos olhos, e se não fosse os nove reais que eu tinha gasto com a guia do Ipasgo, eu tinha corrido dali desde a hora que eu vi o tamanho do dedo do homem. É ou não é, para se ficar chateado e não querer falar nada?”
José Domingos

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