Mais um dos “causos” que nos foi relatado pelo Robertinho, que estando trabalhando no comando volante com um colega nosso, auditor fiscal II de ascendência nipônica, certa feita notou que o colega estava taciturno, contrariamente ao que sempre demonstrava, de ser uma pessoa comunicativa, falante e bem alegre.
Optando por acompanhar o mutismo do colega e amigo que era por todos chamado amigavelmente de “Japinha”, Robertinho se concentrou em dirigir, também calado, até que a certa altura da viagem, o silencio foi quebrado, pois relutantemente “Japinha” lhe disse: “é Robertinho, na semana passada fui a médico.”, diante da economia de palavras, ele só obteve um - ah, foi?, mais alguns quilometros rodados e a conversa se reinicia: “ pois é, fui a um proctologista”, dessa vez o Robertinho foi um pouco mais longe: “ e aí, como foi o exame?”, no que o “Japinha” quis desabafar e contar toda a experiencia ali vivida: “ olha Robertinho, foram alguns colegas da delegacia de Morrinhos que me indicaram, um tal de doutor Pitaluga. Acho que de gozação. Rapaz, quando lá cheguei e vi o gigante com mais de dois metros de altura, já corri o olho para a sua mão, você precisa ver a grossura do seu dedo, com o qual ele fez o toque necessário para o exame de prostáta. Suportei estóicamente, até com lágrimas nos olhos, e se não fosse os nove reais que eu tinha gasto com a guia do Ipasgo, eu tinha corrido dali desde a hora que eu vi o tamanho do dedo do homem. É ou não é, para se ficar chateado e não querer falar nada?”
José Domingos
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