quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ASSOMBRANDO O DESASSOMBRADO


Algumas histórias sobre o sobrenatural, mesmo os mais incrédulos, senão amedrontados, ficam ao menos curiosos, em descobrir qual o fundo de verdade existente no que nos acostumamos a rotular de assombrações, fantasmas, almas penadas, etc.
As histórias com pormenorização de situações do gênero, trazendo muito suspense e medo, quase sempre se dão à noite, propiciando assim um clima em que o próprio negrume à nossa volta, dá o tom de suspense, pois quando as estamos ouvindo, nossos olhos sempre perscrutam a escuridão, buscando os milhares de segredos que o seu manto acoberta.
E foi uma experiencia que se iniciou assim, tendo se dado na república da delegacia fiscal de Pires do Rio, que até hoje permanece inexplicada,lá estavam,certa noite, PC, motorista, Roberto Costa e Silva Junior, Hazimu Takashima, o Minervino, o Max e outros colegas, e falava se de um e de outro caso sobrenatural, de todos eles um dos colegas fazendo troças e dizendo não acreditar nisso. Altas horas, já se anunciando quase a sobreposição do maior sobre o menor ponteiro do relogio da igreja da matriz. sitauda na praça principal da cidade, na qual se situava a república e todos se recolheram aos seus aposentos, um dos dormitórios contendo cinco camas, uma delas sendo ocupada pelo nosso colega “troçeiro” e desassustado. Desligada a luz e todos já haviam caído num bom sono e, de repente, o colega incrédulo se levanta e sai em disparada porta a fora , no terreiro se deparando com o PC que estava fumando, e que lhe perguntou o que estava acontecendo, obtendo como resposta:” rapaz, eu não duvido dessas coisas mais não!, por três vezes a minha coberta foi puxada de mim, sem que tivesse ninguém por perto!. De agora em diante se alguém contar essa histórias comigo junto, eu casco fora!”.
Agora o que não soube e ainda não sabia ele é que, pelo menos nessa situação que lhe ocorreu, tudo não passou de uma armação, já que os colegas prenderam um pequeno anzol (bem escondido) na sua coberta e tão logo ele começava a cochilar, iam lhe tirando-a lentamente, e quando ele firmava as suas bordas eles soltavam para depois recomeçar, deixando-o em pânico até que, por fim, saisse correndo totalmente apavorado, momento em que os autores da brincadeira foram lá e retiraram o anzol, não deixando vestigios do que aprontaram.

José Domingos.

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