quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A REZA E O VICIO


No conturbado mundo hoje vivido as pessoas tem de maneira crescente, recorrido a algum tipo de hobby,lazer ou mesmo se apegando a vicios de uma forma cada vez maior, com isso buscando mitigar o cansaço sem se importar com os maléficios por aqueles provocados, estando, entre as chamadas drogas lícitas, o cigarro como uma das mais procuradas e consumidas.
Muito embora e felizmente existam hoje diversas proibições quanto ao uso do cigarro em ambientes fechados, e graças a isso, os fumantes nas repartições já são bem conhecidos de todos.
Atuando em uma equipe com os auditores Brasil Gondim e Ewaldo Junior já há quase cinco anos, existe um alto grau de camaradagem e de relacionamento que se estreitou, pois já não somos só colegas de trabalho, mas grande amigos que discutem e trocam idéias e conselhos até mesmo no campo pessoal, nos permitindo assim, constantemente, aconselhar ao colega Ewaldo que abandone o vicio do cigarro, infelizmente não logrando êxito.
Assim todas as vezes que ele vai ao médico, quando retorna é minuciosamente sabatinado pelo Brasil e por mim, indagando o que lhe foi dito. A cerca de quatro meses ele de lá veio bastante abatido. Perguntado a causa ele disse que o médico lhe passou a noticia de que se não parar com o vicio, dentro de dois anos poderá estar tendo uma entrevista com São Pedro.
Para conforta-lo, fazendo cada conta, eu lhe disse que é bastante tempo pois se transformado em meses são 24, em dias 720, em horas 17.280, em minutos 1.036.800 e em segundos ainda lhe restariam 62.208.000, mas que o melhor mesmo é se ele parasse de fumar, porém a tentativa foi infrutífera mais uma vez.
Tendo decorrido dois meses daquele fato, portanto há dois meses atráz eu lhe lembrei que já haviam minguados 5.184.000 segundos do tempo que o médico lhe estabeleceu. Sentindo o baque, a partir de então o Ewaldo se tornou assíduo frequentador da igreja, se comungando e confessando sempre, mas sem deixar de “pitar” os seus cigarrinhos costumeiros
Há cerca de duas semana eu o ouvi dizer ao Brasil que, numa de suas confissões, consultara o padre se ele poderia fumar quando estivesse rezando, e aquele fora bastante enérgico com ele, “ralhando” bastante e o proibindo de fazer isso.Tendo que me ausentar do ambiente não escutei o que fora depois conversado entre ele e o Brasil.
O fato é que dias após ele entrou na repartição bem radiante, e já foi logo anunciando em alto e bom som que o conselho do Brasil Gondim fora muito bom e o padre concordara com ele. Curioso em saber qual fora a saída proposta pelo colega ao outro, indaguei o que fora sugerido, no que o Brasil respondeu:
- Oras se o Ewaldo tinha perguntado ao padre se ele poderia fumar enquanto estivesse rezando e o padre não permitiu, então eu lhe disse para mudar a pergunta e faze-la assim: “ padre eu possa rezar enquanto eu fumo?”

José Domingos

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